sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Antes que o pano caia

Não permitas que as lembranças dolorosas e tristes do teu passado perturbem a tua vida presente.
É certo que muitos das personagens ao teu redor são os mesmos do teu pretérito e que muitos deles ainda representam os mesmos papéis neste luminoso teatro da vida.
Contudo, percebe que a luz é distinta, mais intensa, proporcionando detalhes que não foram observados na vida pretérita.
Repare que as cores do cenário são mais calmas e serenas, transmitindo harmonia e paz.
Aproveite a oportunidade de te encontrares novamente nas coxias da evolução e da renovação, de volta ao local onde por tanto tempo ensaiaste com cuidado e carinho o drama que se desenrola em tua vida.
Tem coragem e confiança, sobe ao palco desta cena e interprete com desenvoltura a ação que todos esperam de ti.
Dê o máximo de ti, trabalhando por ti. Até que seja possível.  Até que o pano caia.

São Paulo, setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Afazeres, tarefas e missões

Afazeres todos nós possuímos. Tarefas são concedidas à alguns, mas missões são somente atribuídas à muito poucos.
A cada um é solicitado conforme sua capacidade e, principalmente, de acordo com a qualidade e a disponibilidade de auxílio que possuímos. Tudo regiamente dirigido pelas inteligências superiores e, especialmente, pelo crivo implacável de nossa própria consciência.
E, não temas !  No trabalho ou no serviço do bem teus passos são precedidos por um regimento de anjos lanceiros, cujas armas abrem os teus caminhos.  À tua retaguarda segue legião de arqueiros cujos dardos da docilidade e da candura garantem a tua proteção.  Se perguntais quem guarnece teus flancos, não te esqueças que à tua direita caminham contigo as forças de João, o Batista.  E não te preocupes com a tua esquerda, pois os que caminham no bem estão sempre à direita do mestre de todos os mestres (1).  
Afasta, então, a preguiça e a morosidade.  O mundo aguarda, ansioso, pelos frutos de teu trabalho o qual depende apenas de tua decisão.

(1) Jesus Cristo.
São Paulo, agosto de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O arreio luminoso

Quiçá as ondas do mar fossem formadas somente pela ação dos ventos.
Quiçá as árvores crescessem apenas com a energia da luz solar.
Quiçá as flores desabrochassem apenas devido a sua própria vontade.
O mundo, assim, seria um local facilmente explicado e assimilado, e cuja humanidade, isenta do influxo da criação e da evolução que, qual força gravitacional, impele-nos ao refazimento, à mudança, ao progresso, permaneceria imóvel, em silêncio.
Mas, de que valeria transitar por uma estrada sem começo ou fim, sem objetivos, sem metas ou ideais? O vazio nos esmagaria inapelavelmente.
O animal que trabalha, que produz, que deixa frutos em sua passagem pelo planeta não é o animal livre, mas sim aquele que aceita o arreio e a espora. Quão felizes somos por termos o arreio luminoso do evangelho a nos guiar na escuridão dos tempos e a espora da consciência que nos dirige ao desenvolvimento e ao progresso.


São Paulo, julho de 2011