sábado, 30 de janeiro de 2010

Olhar de amor

Eu sou a luz do mundo, disse o mestre Jesus. E sua luz envolve todo nosso planeta transformando nosso orbe em uma esfera luminosa de amor, harmonia e paz.

Essa luz que tudo envolve, essa luz que a todos envolve, manifesta-se em nós no reflexo de nossos olhos, essa duas esferas perfeitas que refletem a luz de Jesus.

E mais refletem quanto maior for o nosso amor, porque não há nada que brilhe mais que um olhar repleto de amor.
São Paulo, setembro de 2006

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O verdadeiro fim do mundo

Há homens que passam pela vida e nela deixam marcas profundas, nas artes, na ciência ou na filosofia. Outros, no entanto, deixam a vida passar por eles.
Há homens que deixam este mundo nos braços da saudade, de seus amigos, parentes e admiradores. Há outros, por outro lado, cujo mundo apenas os deixa.
Entre esses últimos há os que, devido sua tristeza, pessimismo e melancolia, se comprazem em criar e difundir teorias, estudos e teses de um apocalipse, de um cataclismas, do fim do mundo, do fim dos tempos.
Mas, há de haver o escândalo.
Se profetas bradam que haverá fome, empenhamo-nos em melhor semear, cultivar e colher. Se videntes resmungam que haverá sede, inclinamo-nos a melhor cuidar e preservar nossas águas e de nossos mananciais, sempre gerando progresso e prosperidade.
Mas, não se enganem! Os trabalhadores do bem também desejam o fim do mundo.
Desejamos, de todo coração, o fim do mundo da discórdia, do mundo das guerras, do mundo do preconceito, do mundo da opressão e do mundo da indiferença. E oramos, fervorosamente, para que essa profecia, enfim, se cumpra.

São Paulo, janeiro de 2010

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Quantidade e qualidade

Por vezes nem todos os livros de uma biblioteca são capazes de responder algumas de nossas indagações.
Desconhecemos a natureza da luz, o completo funcionamento do cérebro, o número de estrelas no firmamento.
O oceano, apesar de possuir enorme volume d'água, é incapaz de matar a sede de um único ser humano.

A quantidade é necessária, mas a qualidade é imprescindível.
A mão que apoia e sustenta o desenganado é mais forte que as fundações de um edifício.
A luz que um coração em prece sincera emite é capaz de ofuscar mil sóis.

Saibamos valorizar os pequenos gestos, as palavras que calam.
É um mundo onde o menos vale mais, onde o pequeno grão possui mais fé que a montanha imóvel.

São Paulo, dezembro de 2009

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sabedoria e equilíbrio

Sabedoria para muitos homens é a reunião de todo conhecimento, de todas informações que possam desvendar as causas, consequências e soluções dos problemas venham surgir.
Maior sabedoria porém reside em empregar esse conhecimento no bem maior.

Uma carruagem de seis corcéis possui força suficiente para vencer as distâncias rapidamente.
Maior força porém reside no equilíbrio que permite que a força seja dosada de forma correta e que esta não falte nos momentos derradeiros da jornada.

Sabedoria e equilíbrio são as palavras-chave para o bom uso das dádivas que recebemos, sejam elas nosso corpo, uma nova existência, uma oportunidade de redenção.

E que assim seja feito, para que os que sofrem voltem a ter esperança, os que choram voltem a sorrir, e para que todos nós possamos retornar ao seio do Pai.

São Paulo, janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A chave do coração

A palavra não dita não consola as almas que sofrem.
O sentimento represado não toca o coração endurecido dos carentes de afeto.
O gesto contido não é percebido e não auxilia o necessitado.

Então, vamos sorrir e levar o perfume de nossa alegria à todos locais por onde passemos.
Vamos estender nossos braços em trabalho fraterno, assistindo os que sofrem privações.
Vamos levar o lenitivo da palavra aos que tanto necessitam de conforto.

Vamos externar, com segurança, com alegria e sem temores, as transformações que Jesus realizou em nossas vidas, informando à todos que o Reino dos Céus, o mundo de amor e paz, já chegou e junto de nós se avizinha.
Basta que abramos a porta com a chave de nosso coração.

São Paulo, dezembro de 2009

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Solidão, desamparo e desesperança

Afaste de ti toda e qualquer ideia de solidão.
Enquanto te achas só, dezena de amigos invisíveis aos teus olhos, caminham ao teu lado.

Abandone os pensamentos de desamparo.
Enquanto suporta as dificuldades com que a vida te prova, mãos amorosas te amparam e te sustentam.

Esqueça as imagens da desesperança.
Enquanto te julgas em aflição, centenas de anjos, iluminados, pavimentam os caminhos de tua vida.

Confie e siga, pois o Pai segue confiando em ti.

São Paulo, janeiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Exércitos

Os exércitos do mundo lançam-se ao ataque.
Canhões disparam petardos de amor e luz.
Na ordem unida, corações unidos, as tropas marcham.
Do ventre aberto dos aviões chovem bênçãos celestiais.
Pesados tanques esmagam sob suas esteiras toda forma de preconceito e opressão.

Os exércitos do Senhor seguem inabaláveis, e todos são convocados servir em suas fileiras, até que cada cartucho esteja esvaziado da vingança e do ódio, até que a intolerância esteja sepultada sob nossos pés.

Irmãos em armas, a luta entre as forças do bem e do mal pelo controle de nossas mentes segue encarniçada. A vitória do bem será inquestionável e virá quando o branco linho da paz cobrir nossos corpos, verdadeiro sinal exterior de nossa renovação interior.

São Paulo, janeiro de 2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Inoperância


Quando paramos e nos deixamos ficar à margem do caminho, repousando sobre nossas forças tal qual rocha imóvel, é preciso que saibamos que nos colocamos à mercê da ação degenerativa do tempo e dos elementos.

Tal qual uma planta, o ser humano foi concebido para crescer e desenvolver-se.
Tal qual uma raiz, deve trabalhar, provendo seu sustento e dos seus descendentes.

Tal qual um ramo, deve buscar a luz.
Tal qual toda criatura divina, deve crescer e se multiplicar, porque esta é a lei.


São Paulo, abril de 2009

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Divina providência

Antes que o sol desponte no horizonte. Antes que a natureza desperte para um novo dia apagando a luz das estrelas no firmamento com os primeiros raios da aurora, Deus tudo previu e proveu.
Previu a sede das plantas e proveu a chuva.
Previu a fome dos animais e proveu os frutos.
Previu a necessidade dos homens e proveu, à mãos cheias, os recursos necessários para a vida. E estes recursos Deus distribui, propositadamente, de forma irregular por todo o planeta.
Concede muito àqueles que muito já possuem, buscando despertar neles a compaixão e a caridade.
Por outro lado, concede pouco àqueles que quase nada tem, buscando que estes encontrem lições proveitosas no campo da gratidão e da humildade.
Perante Deus todos são iguais e assim compreendemos a sua obra, ainda que alguns creditem à sorte ou ao acaso essa distribuição, tratando com preconceito aqueles que lhe parecem desfavorecidos. A estes, que ainda vagueiam na incompreensão, nosso mais carinhoso olhar, nossas mais sinceras orações.

São Paulo, março de 2009


sábado, 2 de janeiro de 2010

Problemas

Muitas pessoas preocupam-se em demasia com seus próprios problemas. Algumas ainda preocupam-se, também, com os problemas alheios.

Há tanta desesperança, falta de confiança, falta de fé.
Se Deus preparou para ti uma ponte não é para que temas atravessá-la; não é para que caias. É para que a sobreponhas, com confiança e glória, superando o obstáculo e os teus próprios limites.

Ainda falta-nos muito para a fé que nos fará caminhar sobre as águas; para a fé que nos fará curar as enfermidades.
Hoje o grão de mostarda é a medida de nosso esforço. Mas não é pouco !

Uma semente que encontra em nosso coração solo fértil e acolhedor germina, cresce e logo se transforma em árvore frondosa cuja sombra abrigará o florescimento da fé que tanto nos falta.

São Paulo, março de 2005

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Pomar divino

Passamos sob o pessegueiro e desdenhamos seus frutos: -"São muito doces, comê-los nos dará sede".
À sombra da macieira lamentamos: - "Os frutos estão muito no alto, apanhá-los haverá de nos cansar".
Por fim encontramos um abacaxi maduro, ao alcance de nossas mãos, mas desistimos: - "Por vezes essa fruta é tão ácida".

É direito de nosso paladar refinado escolher as diversas dádivas que se encontram disponíveis no pomar do Senhor. Porém, se não escolhermos nenhuma, corremos o risco de padecermos de fome em meio a um jardim de graças; de padecermos de sede em meio a um lago de bênçãos.
Deus, que tudo provê, distribuiu no mundo toda sorte de recursos que necessitamos para nosso bem viver, colocando estes recursos ao alcance de nossas mãos, bastando as estendermos para apanhá-los.
Há de realizarmos, contudo, este gesto. Não fazê-lo implicará arrastar nossa vida a uma existência desditosa pela qual apenas nós seremos culpados.

São Paulo, dezembro de 2004