Na cidade em que nasci havia uma modesta mercearia que atendia uma limitada clientela.
Seu proprietário divertia-se afirmando não ter dificuldades para administrar seu negócio, fosse pelo reduzido número de clientes mas, principalmente, por conhecer todos eles pelo primeiro nome e também saber saber de cor todas suas necessidades e preferências.
Quando atingiu idade avançada, severa enfermidade arrastou o comerciante ao leito de morte onde este lamentava o muito que trabalhou e o pouco que enriqueceu, o muito que ofereceu e o pouco que recebeu.
Não foi sem surpresa, portanto, que no derradeiro momento de seu desenlace viu-se cercado por inúmeros amigos e clientes que, precedendo-o na jornada espiritual, vinham recepcioná-lo, homenageando aquele que com carinho e dedicação os serviu por tantos anos, aquele que bem soube amealhar tesouros verdadeiros no céu.
São Paulo, maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
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