Há um momento na vida de todos nós onde parece que percebemos todos os problemas que afligem a humanidade e, para cada um deles, temos uma pronta solução.
Assim, com espírito juvenil típico dessa idade, pômo-nos a escrever cartas, manifestos, cartazes e faixas, anunciando nossas ideias em assembleias, reuniões, palestras e celebrações.
Para nossa surpresa, no entanto, o mundo permanece surdo a nossos apelos. Mesmo assim não desanimamos e, com fé, aguardamos.
Enquanto aguardamos algo começa a tomar conta de nós. Logo nos tornamos mais flexíveis, mais tolerantes, mais compreensíveis. Cedemos ao amor e nos tornamos homens e mulheres melhores.
Geramos vida. Concebemos.
E então, tudo aquilo que mais importa para nós no mundo não ocupa um espaço maior que um bercinho.
Então, um dia lançamos olhar através da janela do tempo e percebemos que nada mudou em nosso mundo, exceto nós e a forma com que olhamos o mundo, porque apenas as transformações interiores possuem força bastante para alterar a face do planeta.
São Paulo, julho de 2010
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