Em um pomar muito fértil um homem nasceu menino e, como menino viveu, usufruindo com descaso dos frutos da terra, não os dividindo com ninguém e, também, não depositando na terra nenhuma semente.
-"Para que ?", perguntava-se.
- "A natureza cuida de si."
Com sua desatenção, apenas as árvores mais resistentes sobreviviam à falta de cuidados.
- "Por que se preocupar ?", questionava-se.
- "À despeito de sua preocupação as árvores continuam crescendo".
Porém, quando o peso da idade arqueou as suas costas o homem não mais podia alcançar os frutos que agora somente brotavam na parte mais alta da copa das poucas árvores restantes. E, não tendo semeado amizades ou novos ramos baixos onde pudesse obter alimento, o homem padeceu, vítima de sua insensatez. E tarde descobriu que a maturidade, que pouco tem a ver com a idade, nos ensina com humildade o caminho para vivermos com dignidade.
São Paulo, setembro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Superando dificuldades
Quando eu era pequeno meus pais realizavam um estranho ritual que, aos meus olhos, era completamente inútil.
Quase que diariamente eles me tomavam pelos braços e insistiam em colocar-me de pé. Será que eles não percebiam que minhas pernas débeis e frágeis não podiam suportar o peso de meus corpo? Acho que não, pois eles continuaram com esse procedimento por meses e meses.
Logo também não mais me importava com isso. Passado aquela rotina desagradável, eu podia voltar à segurança do chão, onde brincava, engatinhava e me deslocava para onde desejasse.
Um dia, no entanto, algo inusitado aconteceu. Minhas pernas suportaram meu corpo e, por alguns instantes, pude manter-me em pé sem qualquer auxílio.
Se hoje caminho e me desloco como uma pessoa normal devo isso à persistência de meus pais, que me ensinaram os primeiros passos.
Atualmente quando me deparo com uma dificuldade, que julgo intransponível, lembro-me de meus pais, de meus amigos, dos espíritos amigos e de Deus, que jamais me abandonaram. E lembro-me, também, de Jesus que, em sua caminhada para o martírio final, também não recusou o auxílio do bondoso cireneu.
E, para recebermos o auxílio necessário, a ajuda que tanto precisamos e merecemos, basta deixarmos o orgulho de lado.
São Paulo, setembro de 2010
Quase que diariamente eles me tomavam pelos braços e insistiam em colocar-me de pé. Será que eles não percebiam que minhas pernas débeis e frágeis não podiam suportar o peso de meus corpo? Acho que não, pois eles continuaram com esse procedimento por meses e meses.
Logo também não mais me importava com isso. Passado aquela rotina desagradável, eu podia voltar à segurança do chão, onde brincava, engatinhava e me deslocava para onde desejasse.
Um dia, no entanto, algo inusitado aconteceu. Minhas pernas suportaram meu corpo e, por alguns instantes, pude manter-me em pé sem qualquer auxílio.
Se hoje caminho e me desloco como uma pessoa normal devo isso à persistência de meus pais, que me ensinaram os primeiros passos.
Atualmente quando me deparo com uma dificuldade, que julgo intransponível, lembro-me de meus pais, de meus amigos, dos espíritos amigos e de Deus, que jamais me abandonaram. E lembro-me, também, de Jesus que, em sua caminhada para o martírio final, também não recusou o auxílio do bondoso cireneu.
E, para recebermos o auxílio necessário, a ajuda que tanto precisamos e merecemos, basta deixarmos o orgulho de lado.
São Paulo, setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Servir
Sirva a teus pais como filho e aos teus filhos como pai.
Sirva aos teus avós como neto e aos teus netos como avô.
Nos redutos do aprendizado, sirva como aluno. Sirva com trabalho junto a profissão que abraçaste.
Não são poucos os que tudo isso fazem e muito mais.
O que os difere, então, dos abnegados trabalhadores do bem?
Esses últimos, além de servirem aos homens e a si mesmos, servem a Deus e à humanidade dentro dos mais elevados princípios cristãos.
Não desperdiçam um minuto sequer no que não seja a prática do bem, pois as horas de suas vidas não são roubadas, são abençoadas.
Sirva aos teus avós como neto e aos teus netos como avô.
Nos redutos do aprendizado, sirva como aluno. Sirva com trabalho junto a profissão que abraçaste.
Não são poucos os que tudo isso fazem e muito mais.
O que os difere, então, dos abnegados trabalhadores do bem?
Esses últimos, além de servirem aos homens e a si mesmos, servem a Deus e à humanidade dentro dos mais elevados princípios cristãos.
Não desperdiçam um minuto sequer no que não seja a prática do bem, pois as horas de suas vidas não são roubadas, são abençoadas.
São Paulo, agosto de 2010
Críticas
Por vezes o convívio com outras pessoas em sociedade nos reserva alguns dissabores.
Como por exemplo, quando aquele que mesmo não tendo auxiliado a caçada se indigna com o tamanho e a qualidade do animal abatido.
Ou como aquele que não tendo participado da coleta dos frutos não aceita tê-los à mesa verdes e amargos.
Contudo, no equilíbrio da natureza os dardos da crítica sempre se voltam para quem os arremessa.
Aquele que mais critica sempre é o mais criticado. Porque no tribunal da verdade o homem é medido conforme a dimensão do impacto de suas palavras e pesado segundo o peso de suas atitudes.
São Paulo, agosto de 2010
Como por exemplo, quando aquele que mesmo não tendo auxiliado a caçada se indigna com o tamanho e a qualidade do animal abatido.
Ou como aquele que não tendo participado da coleta dos frutos não aceita tê-los à mesa verdes e amargos.
Contudo, no equilíbrio da natureza os dardos da crítica sempre se voltam para quem os arremessa.
Aquele que mais critica sempre é o mais criticado. Porque no tribunal da verdade o homem é medido conforme a dimensão do impacto de suas palavras e pesado segundo o peso de suas atitudes.
São Paulo, agosto de 2010
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