A mão que repousa sobre a folha de papel não é a minha. A mão que sustenta a pena e escreve meus pensamentos não é a minha. Os lábios por onde escapam minhas palavras também não são meus.
No entanto, contra todas as provas, eu estou vivo. Vivo permanece o meu pensamento e vivo eu me encontro no éter. O que, infelizmente, não representa bem maior.
Sou ainda uma obra incompleta e muito há ainda por se fazer. Cedo estarei entre vós.
Minhas mãos anseiam o arado e o suor do trabalho consagrado. Voltarei à vida entre vós para modificar o quanto eu puder a paisagem ao meu redor, orando para que esta possa também transformar meu horizonte íntimo.
São Paulo, janeiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
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