Durante mil dias eu sofri. Dormindo a cada noite em um diferente lugar, mil abismos eu conheci.
Entorpecido o corpo por substâncias que relaxam a percepção. Entorpecida a mente por emoções que a velocidade promove.
A princípio abracei a morte com carinho juvenil, redentora de meus sofrimentos. Mas depois, face o horror de minhas inconseqüentes atitudes, repeli-a com vigor.
Não sou um homem novo.
As marcas profundas que trago na mortalha de meu corpo; as chagas; o sangue imaculado derramado não se apagam.
Mas sou um novo homem, banhado pela graça de uma nova compreensão que me permite perdoar-me, compreender-me e seguir adiante.
São Paulo, fevereiro de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário