quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
O rei dos judeus, os 3 reis e o rei dos homens
O veludo da noite de inverno rapidamente ocultava a luz do sol impedindo que aqueles três homens pudessem divisar a sua frente mais que 100 ou 200 metros, apenas uma fração do muito que já haviam percorrido.
Ainda assim foram ter com o rei e a este contaram a novidade. Observando porém, a inveja e a cobiça deste, nada mais informaram.
O rei então enviou centenas de batedores, joelhos ao chão, em busca de pistas, rastros, sinais ou pegadas que pudessem conduzi-lo ao deus menino. Estes não notavam que acima de suas cabeças, com um pequeno céu noturno, uma estrela brilhante indicava a direção correta.
Amigos, aqueles que desejam ver Jesus não podem permanecer rastejando na poeira, cobrindo-se com o pó das estradas. Devem, antes, preencherem seus corações de humildade sincera e elevarem seus olhos para o céu pois, crescer, evoluir e ascender é o dever maior de todos nós.
São Paulo, dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
A face de Deus em nós
Caminhemos na sombra de nosso Senhor. Se dele afastamo-nos, o sol abrasará nossos corpos e queimará nossa pele.
Ao lado de Deus temos seu amparo, sua proteção, seu conforto e sua inspiração. E, se não não sobrevivemos distantes de Deus é porque há muito dele em nós.
Se preenchermos uma taça com areia e outra taça idêntica com água teremos duas taças cheias mas que, em verdade, são apenas água e areia.
Como as taças, somos medidos e comparados por nosso conteúdo, a porção intangível de nosso ser, nosso espírito, criado e concebido por Deus.
Se ele criou-nos, atribuiu-nos a missão de educarmo-nos e formarmos essa essência, afim de que nos elevemos, nos aprimoremos e nos tornemos mais puros.
Aprendamos, pois, com os mestres que cedo nos ensinaram a amar a Deus sob todos os demais aspectos. Não para a glória, lisonja ou prazer de Deus mas, para que amando a Deus aprendamos amar nossa essência, a parte de Deus em nós, visto que se não nos amarmos, jamais poderemos dar-nos chance alguma de renovação e evolução.
Isso feito, os mestres nos avisam sobre o dever de amarmos a todos os demais seres, como amamos a nós mesmos.
Se amamos a Deus, nos amamos também e, desse modo, temos um padrão de comparação para o amor que emitimos para nossos iguais.
Esse dever de amor a estes irmãos não prende-se ao fato de passarmos por humilhações, amando quem não nos respeita, tolera ou aprecia. Não abrace a ignorância achando que somos os únicos a disseminar o amor em uma terra de ódio e sofrimento.
Ao atentarmos que somos criaturas iguais em criação e de igual valor frente ao Criador, não podemos amar a Deus sem amarmos suas criaturas, da mesma maneira que não podemos odiar a criatura amando seu criador.
Amemos nosso semelhante como igual que somos, já que tudo que a este desejamos será para nós igualmente revertido pois, face ao Criador, somos uma só criação.
São Paulo, janeiro de 2004
Ao lado de Deus temos seu amparo, sua proteção, seu conforto e sua inspiração. E, se não não sobrevivemos distantes de Deus é porque há muito dele em nós.
Se preenchermos uma taça com areia e outra taça idêntica com água teremos duas taças cheias mas que, em verdade, são apenas água e areia.
Como as taças, somos medidos e comparados por nosso conteúdo, a porção intangível de nosso ser, nosso espírito, criado e concebido por Deus.
Se ele criou-nos, atribuiu-nos a missão de educarmo-nos e formarmos essa essência, afim de que nos elevemos, nos aprimoremos e nos tornemos mais puros.
Aprendamos, pois, com os mestres que cedo nos ensinaram a amar a Deus sob todos os demais aspectos. Não para a glória, lisonja ou prazer de Deus mas, para que amando a Deus aprendamos amar nossa essência, a parte de Deus em nós, visto que se não nos amarmos, jamais poderemos dar-nos chance alguma de renovação e evolução.
Isso feito, os mestres nos avisam sobre o dever de amarmos a todos os demais seres, como amamos a nós mesmos.
Se amamos a Deus, nos amamos também e, desse modo, temos um padrão de comparação para o amor que emitimos para nossos iguais.
Esse dever de amor a estes irmãos não prende-se ao fato de passarmos por humilhações, amando quem não nos respeita, tolera ou aprecia. Não abrace a ignorância achando que somos os únicos a disseminar o amor em uma terra de ódio e sofrimento.
Ao atentarmos que somos criaturas iguais em criação e de igual valor frente ao Criador, não podemos amar a Deus sem amarmos suas criaturas, da mesma maneira que não podemos odiar a criatura amando seu criador.
Amemos nosso semelhante como igual que somos, já que tudo que a este desejamos será para nós igualmente revertido pois, face ao Criador, somos uma só criação.
São Paulo, janeiro de 2004
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
O menino e os lobos
Um menino perseguido por lobos alcançou a margem de um rio. Na margem oposta avistou um pescador e pediu-lhe auxílio. O pescador respondeu:
-"Atravesse o rio e venha para este lado onde as feras não podem alcançá-lo"
- "Não posso" - respondeu o menino - "se me molhar logo adoeço".
- "Envio-te, então, meu cavalo" - prosseguiu o pescador - "tu montas nele vem em segurança para esta margem".
- "Não posso" -esquivou-se o menino - "como tu podes perceber, eu tenho medo de animais. Além do mais, quem me garante que teu cavalo não me atirará às águas geladas?"
- "Então eu irei até aí" - assegurou o pescador - "tu montas em minhas costas e eu o conduzirei até aqui".
-"Não posso" - afirmou mais uma vez o menino - "Não o conheço. E se você me raptar?"
Deus ajuda à todos, mas através dos outros.
Não espere que o próprio Deus venha retirá-lo de suas aflições, de seus sofrimentos.
Não espere que o auxílio vos chegue conforme vossa conveniência ou vosso desejo.
Deus, que tudo sabe e tudo vê, promove o auxílio necessário conforme teu merecimento.
São Paulo, novembro de 2004
-"Atravesse o rio e venha para este lado onde as feras não podem alcançá-lo"
- "Não posso" - respondeu o menino - "se me molhar logo adoeço".
- "Envio-te, então, meu cavalo" - prosseguiu o pescador - "tu montas nele vem em segurança para esta margem".
- "Não posso" -esquivou-se o menino - "como tu podes perceber, eu tenho medo de animais. Além do mais, quem me garante que teu cavalo não me atirará às águas geladas?"
- "Então eu irei até aí" - assegurou o pescador - "tu montas em minhas costas e eu o conduzirei até aqui".
-"Não posso" - afirmou mais uma vez o menino - "Não o conheço. E se você me raptar?"
Deus ajuda à todos, mas através dos outros.
Não espere que o próprio Deus venha retirá-lo de suas aflições, de seus sofrimentos.
Não espere que o auxílio vos chegue conforme vossa conveniência ou vosso desejo.
Deus, que tudo sabe e tudo vê, promove o auxílio necessário conforme teu merecimento.
São Paulo, novembro de 2004
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Questão de fé
Diante de nós uma multidão de anjos.
Em nossa retaguarda milhares de outros seres que, como nós, palmilham essa estrada em busca de paz e harmonia.
À frente de todos segue, inabalável, o estandarte do Cristo cuja luz afasta a escuridão e cujos louros são testemunhas da vitória dos homens sobre suas próprias viciações.
A cada aclive um esforço maior nos é solicitado para que superemos o obstáculo. Porém, logo em seguida, recebemos as recompensas do entendimento na forma de suave declive.
Assim se descortina a estrada de nossa vida, serpenteando as colinas e os vales dos campos do Senhor.
Para muitos é uma estrada de sofrimento e dor. Para outros é um caminho de oportunidade e esperança.
É uma questão de fé.
São Paulo, novembro de 2009
Em nossa retaguarda milhares de outros seres que, como nós, palmilham essa estrada em busca de paz e harmonia.
À frente de todos segue, inabalável, o estandarte do Cristo cuja luz afasta a escuridão e cujos louros são testemunhas da vitória dos homens sobre suas próprias viciações.
A cada aclive um esforço maior nos é solicitado para que superemos o obstáculo. Porém, logo em seguida, recebemos as recompensas do entendimento na forma de suave declive.
Assim se descortina a estrada de nossa vida, serpenteando as colinas e os vales dos campos do Senhor.
Para muitos é uma estrada de sofrimento e dor. Para outros é um caminho de oportunidade e esperança.
É uma questão de fé.
São Paulo, novembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Os campos do Senhor
Até onde os olhos alcançam vêem-se os verdes campos do Senhor, onde sempre é primavera.
As flores e os frutos espalham suas sementes ao sabor dos ventos e não há um só centímetro de terra que não as abrigue.
Quando as sementes caem na boa terra logo germinam, crescem e multiplicam a boa nova.
Quando as sementes caem em solo seco e árido elas descansam silenciosas, mas não perdem sua fé.
O mundo de Deus é um lugar em constante transformação. Não há pedaço de terra que seja indefinidamente árido. Não há coração que seja indefinidamente duro.
Haverá um dia em que os campos do Senhor estarão cobertos por flores.
E haverá júbilo entre os homens, assim como haverá júbilo nos céus.
São Paulo, dezembro de 2004
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Desapego
O tempo trama contra nós. Quanto mais nos demoramos e nos retemos na teimosia e na revolta contra as situações cuidadosamente preparadas para nosso experimento e despertar, mais difícil torna-se a escalada necessária para o nosso conhecimento interior.
Nos detemos nos vícios, nos amarramos a prazeres efêmeros, nos prendemos a objetos e pertences que, ao final, não mais a nós pertencerão.
Saibamos enxergar através da bruma da ilusão. Saibamos escolher entre o trigo e o joio que, se nascem próximos, possuem qualidades distintas.
Aprendamos viver pelo o mundo o que ele nos representa: apenas mais uma morada para nosso espírito.
À carne o que a ela pertença. Ao espírito o alimento da alma, a palavra benfazeja, a necessária instrução.
O desapego é lição que se aprende pouco a pouco, passo a passo, lentamente. É exercício contínuo, é a satisfação do desejo, do instinto, através da lógica e da razão.
Perceba que em poucos segundos muito pode ser feito. Observe que cada segundo empregado na renovação e remoção de velhas rusgas do passado representa imensurável período de paz e harmonia no plano original.
E não basta apenas ler e conhecer. O conhecimento sem prática é letra morta, é remédio confinado em frasco hermético, é nuvem de chuva que não precipita.
O conhecimento deve inspirar o corpo na transposição das dificuldades do trabalho louvável, no exercício da tarefa a qual fomos conduzidos.
O conhecimento exteriorizado torna-se marca indelével em nosso espírito e, como tal, não se apaga com o tempo.
São Paulo, dezembro de 2003
Nos detemos nos vícios, nos amarramos a prazeres efêmeros, nos prendemos a objetos e pertences que, ao final, não mais a nós pertencerão.
Saibamos enxergar através da bruma da ilusão. Saibamos escolher entre o trigo e o joio que, se nascem próximos, possuem qualidades distintas.
Aprendamos viver pelo o mundo o que ele nos representa: apenas mais uma morada para nosso espírito.
À carne o que a ela pertença. Ao espírito o alimento da alma, a palavra benfazeja, a necessária instrução.
O desapego é lição que se aprende pouco a pouco, passo a passo, lentamente. É exercício contínuo, é a satisfação do desejo, do instinto, através da lógica e da razão.
Perceba que em poucos segundos muito pode ser feito. Observe que cada segundo empregado na renovação e remoção de velhas rusgas do passado representa imensurável período de paz e harmonia no plano original.
E não basta apenas ler e conhecer. O conhecimento sem prática é letra morta, é remédio confinado em frasco hermético, é nuvem de chuva que não precipita.
O conhecimento deve inspirar o corpo na transposição das dificuldades do trabalho louvável, no exercício da tarefa a qual fomos conduzidos.
O conhecimento exteriorizado torna-se marca indelével em nosso espírito e, como tal, não se apaga com o tempo.
São Paulo, dezembro de 2003
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Candeia
Quando as nuvens negras, que divisamos no horizonte, ameaçam cobrir o céu sobre nossas cabeças chega o momento em que cresce a responsabilidade daqueles que mantém viva a chama do amor do Cristo em nosso palaneta.
E não basta apenas elevar esta chama até um ponto mais alto (1). É necessário alimentá-la para que o seu brilho possa ser visto e admirado por muitos, por todos aqueles que carecm de compaixão, por todos os necessitados.
Mas não devemos temer a tarefa. Que importa se a mão é pequena ou coração miúdo? Se somos todos deuses e não sabemos (2), já é tempo de refletirmos que quando empenhamos nosso coração e nossos braços em um trabalho de amor e caridade nada pode nos impedir.
São Paulo, novembro de 2004
(1) Lucas 11:33 e Mateus 5:15
(2) João 10:34 e Salmos 82:6
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Múltiplas visões do livro
Reunião de diversos manuscritos, pergaminhos, estórias e elementos da tradição oral, compôs-se um elaborado tomo.
Nas passagens onde nossa curiosidade, intuitivamente, mais se detém encontram-se as mais refinadas lições e os mais elevados ensinamentos.
Mais que a narrativa da vida de nosso mestre, mais que uma descrição de acontecimentos, é um livro inspirado que contém não o verbo de Deus, mas seu mais elevado significado.
De requintada elaboração, seus textos permitem múltiplas leituras e releituras de um mesmo capítulo, versículo, parábola ou profecia.
É como se muitos vissem a mesma imagem sob diversos pontos de observação. Os que vêem sob o sol notam seus reflexos dourados. Por outro lado, os que vêem a imagem sob a lua reterão em suas mentes a delicada luz prateada que o envolve.
Ocorrem, também, inúmeras reflexões sobre o que se vê, vez que isto depende, também, da boa vontade e da capacidade de quem dispõe-se a realizá-las. As interpretações, igualmente, modificam-se com a maturidade emocional e cronológica de quem as realiza.
Tal é a beleza de suas palavras e conteúdo que a todos toca, não importando de que maneira isso venha ocorrer. Certo é que, ante elas, ninguém permanece indiferente.
Mesmo os que recusam ouvir e rejeitam suas ideias, no íntimo, absorvem pequenas porções de seus conceitos, que vão somando-se, uma às outras, a cada breve contato com o livro.
Em momento propício essas noções fragmentadas subitamente aglutinam-se em ocasião de catarse e arrebatamento, que surpreende por revelar-se como uma nova concepção de velhas ideias adormecidas.
Em nosso caminhar, de idas e vindas, acumulamos inúmeros fragmentos em nossa memória infinita. Se não necessitamos do gesto violento, impulsivo, da catarse, vemos surgir na superfície de nossa mente pequenas porções que vagueiam ao sabor das ondas sopradas pelo momento.
São diminutos pedacinhos coloridos que flutuam na espuma de nossa atmosfera pessoal e que, como crianças, os reunimos em um caleidoscópio capaz de projetar luminosas imagens.
Assim, provamos de muitos e de novos ensinamentos, relacionando-os e entrecruzando-os com os já conhecidos.
Notável ver caber tanta beleza e perfeição em apenas um livro. Ver tanta paz nos olhos que se deitam em suas palavras, buscando lá encontrar o propósito de vida que, afinal, está dentro de cada um de nós.
São Paulo, dezembro de 2003
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Oração no lar
Acostuma teu corpo e teu espírito inclinando-os para as boas obras, afastando o mal com o bem e, fortalecendo tua morada, eleja-a objeto principal de tua atividade.
Nossa habitação deve ser o porto seguro de nossa alma. Lá devemos encontrar paz, compreensão, o apoio e o incentivo de que tanto necessitamos para seguir adiante.
Reguemos com nosso amor e com o zêlo de nossa afeição esse solo gentil que nos abriga. Deitemo-nos sobre a relva de luz que no seu jardim cresce. Alimentemo-nos de sua atmosfera salutar.
Orar com devoção e fé é dever cristão. É direito do homem comum renunciar a opressão e religar-se ao Criador.
Orar com paixão e sinceridade é expressão de humildade e respeito ante o Pai que, amoroso, devolve a luz que a ele se dirige, centuplicando bençãos e dádivas.
O lar onde se ora adquire um brilho próprio. É castelo que guarda grande tesouro. É fortaleza de coragem para quem segue as pegadas do Cristo.
A morada que se banha na influência da prece é cascata de luz, é refrigério para o sofrimento, é consolo para os que sofrem.
Fazei de teu lar um ponto de socorro, uma morada de auxílio, uma pousada de reequilíbrio. E que esse lar se una a outros constituindo vasta rede de caridade e assistência, onde as águas calmas espelhem e reflitam a luz de Deus e onde muitos se refazerão das agruras do percurso.
São Paulo, dezembro de 2003
Nossa habitação deve ser o porto seguro de nossa alma. Lá devemos encontrar paz, compreensão, o apoio e o incentivo de que tanto necessitamos para seguir adiante.
Reguemos com nosso amor e com o zêlo de nossa afeição esse solo gentil que nos abriga. Deitemo-nos sobre a relva de luz que no seu jardim cresce. Alimentemo-nos de sua atmosfera salutar.
Orar com devoção e fé é dever cristão. É direito do homem comum renunciar a opressão e religar-se ao Criador.
Orar com paixão e sinceridade é expressão de humildade e respeito ante o Pai que, amoroso, devolve a luz que a ele se dirige, centuplicando bençãos e dádivas.
O lar onde se ora adquire um brilho próprio. É castelo que guarda grande tesouro. É fortaleza de coragem para quem segue as pegadas do Cristo.
A morada que se banha na influência da prece é cascata de luz, é refrigério para o sofrimento, é consolo para os que sofrem.
Fazei de teu lar um ponto de socorro, uma morada de auxílio, uma pousada de reequilíbrio. E que esse lar se una a outros constituindo vasta rede de caridade e assistência, onde as águas calmas espelhem e reflitam a luz de Deus e onde muitos se refazerão das agruras do percurso.
São Paulo, dezembro de 2003
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