domingo, 7 de fevereiro de 2010

Velho marinheiro

Eu sou apenas um velho marinheiro de feições duras, esculpidas pelo tempo.
O mesmo tempo que desbotou minhas vestes e desgastou minhas botas.

Minha coragem, admirada por muitos, não seria mais que coleção de gestos irresponsáveis não fosse minha fé.

E essa fé eu reforço todas as noites, orando e pedindo ao Pai para que eu possa manter minha embarcação na margem correta do rio de acontecimentos, que eu possa conduzí-la, seguro, ao oceano da paz de Deus.

Peço, também, que eu possa resgatar os desviados, amparar os desvalidos, assistir os necessitados. Que eu possa ser motivo de orgulho para meus pais e que eu possa ser reconhecido como filho do Pai maior.

São Paulo, fevereiro de 2010

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