Apreensivo, iniciei a escalada. À minha frente mais de uma centena de degraus me separava de meu objetivo.
E não foi pequeno o esforço. Minhas pernas há muito paralisadas, não obedeciam. E não foram poucos os momentos em que desejei de tudo desistir. Apenas a inspiração do alto me auxiliava a prosseguir.
Não desisti e o meu esforço foi recompensado.
Subitamente, a cada degrau que vencia, meu corpo mais leve e agradável eu sentia.
Finalmente atingi o topo, o terreno divino onde se apóia o santuário sagrado. Toquei as portas do templo e minhas mãos ao abri-las sentiram nelas o calor que lá de dentro emanava.
Adentrei o recinto imaculado em silêncio e respeito. E ali, no alto daquela colina, eu acendi uma vela pequenina e salvei uma alma que no fundo eu sabia ser a minha.
São Paulo, março de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário