sábado, 9 de junho de 2012

Esperança verdadeira

Da tristeza que virou pranto a lágrima é apenas saudade. A verdadeira pátria (1) nos abraça, nos envolve e nos enlaça em uma atmosfera de paz e de luz.
As amizades cujos laços nunca desataram, as afinidades sem fim, os sentimentos cujo tempo não reduziu a intensidade ou a importância são retomados e ampliados.
No mundo verdadeiro onde o mal não triunfa e onde a mentira ou a dissimulação não tem espaço, velhos corpos se unem em modernos formatos (2),  não tão distintos o bastante para se revelarem por inteiro.
A graça do sublime reencontro aquece o coração das almas saudosas e descortina novos horizontes na vivência infinita da alma.
Nos campos iluminados pela fé verdadeira o amor une e reúne as criaturas em torno de seus entes queridos.  E não importa qual tenha sido a dor da partida ou quão intenso tenha sido o sofrimento do desenlace, tudo é recompensado no reencontro maior (3).
Aos que tem fé, é esperança verdadeira.  Aos descrentes é uma opção com a qual gostaria de contar.
Se tens a fé verdadeira, és afortunado.  A solidão e o desamparo jamais te tocarão e nunca, nunca o sofrimento pesará sobre ti.

São Paulo, junho de 2012
(1) Refere-se à "pátria espiritual": o mundo espiritual.
(2) Formato e aparência de espírito.
(3) O reencontro de almas afins no mundo espiritual após o desencarne (ou morte).

Estranha mão

Me envolvo à estranha mão e, tal qual folhas de uma árvore arrancadas por vento outonal, uma torrente de palavras sai de meu coração e se derrama pelo papel.
Minhas emoções se acalmam e uma suave sensação de paz abraça minha alma.
Sinto necessidade de comunicar, registrar, tudo o que vejo, toco, ouço ou percebo. E uma indescritível felicidade se apodera de meu ser.
Me sinto renovado, renascido, acariciado por especial oportunidade de transmissão de pensamentos e idéias.
E nesse momento luminoso escolho não mais falar de mim e sim, manifestar apenas o profundo amor que me envolve e que agora endereço à todos vocês.
Fiquem em paz, com Jesus e no amor de Deus.

São Paulo, maio de 2012

Quando ele veio até mim

Foi em uma manhã fulgurosa de maio que ele veio até mim.
Não chegou transportado por rica carruagem puxada por cavalos brancos, mas sim caminhando com suas sandálias de couro desgastadas pelo tempo.
Não trajava seda ou veludo.  Roupas simples de lã e linho também não revelavam a nobreza de sua missão.
Diferentemente de altos dignatários e representantes da aristocracia, não fez nenhuma exigência.  De modo contrário,  indagou-me a respeito do que eu estava necessitando.
Naquela  manhã fulgurosa de maio ele veio até mim e me convidou a segui-lo, trabalhando para o Mestre de todos os Mestres, na difusão da luz, o que eu aceitei prontamente.
Durante anos o segui, jornadeando por constelações de homens mergulhados em oceanos de sofrimentos e perturbações, os quais amparávamos e atendíamos com amor e piedade.
Em dado momento, quando já me encontrava preparado, separei-me de meu amoroso instrutor para multiplicar os esforços no trabalho redentor.
E eu, que sempre achei-me um pecador, transformei-me em um pescador: um pescador de almas.

São Paulo, maio de 2012

Saudável psico-esfera

Em razão das dificuldades pelas quais passa este planeta na atualidade, os canais de comunicação através do espaço-tempo se afunilam e suas secções são estreitadas.

Assim, importante se faz manter ao nosso derredor uma psico-esfera saudável e luminosa, radiosa de júbilo e paz, garantindo, assim, a continuidade do recebimento do auxílio  e do apoio enviado pela espiritualidade superior.

São Paulo, maio de 2012