Foi em uma manhã fulgurosa de maio que ele veio até mim.
Não chegou transportado por rica carruagem puxada por cavalos brancos, mas sim caminhando com suas sandálias de couro desgastadas pelo tempo.
Não trajava seda ou veludo. Roupas simples de lã e linho também não revelavam a nobreza de sua missão.
Diferentemente de altos dignatários e representantes da aristocracia, não fez nenhuma exigência. De modo contrário, indagou-me a respeito do que eu estava necessitando.
Naquela manhã fulgurosa de maio ele veio até mim e me convidou a segui-lo, trabalhando para o Mestre de todos os Mestres, na difusão da luz, o que eu aceitei prontamente.
Durante anos o segui, jornadeando por constelações de homens mergulhados em oceanos de sofrimentos e perturbações, os quais amparávamos e atendíamos com amor e piedade.
Em dado momento, quando já me encontrava preparado, separei-me de meu amoroso instrutor para multiplicar os esforços no trabalho redentor.
E eu, que sempre achei-me um pecador, transformei-me em um pescador: um pescador de almas.
São Paulo, maio de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
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