Da tristeza que virou pranto a lágrima é apenas saudade. A verdadeira pátria (1) nos abraça, nos envolve e nos enlaça em uma atmosfera de paz e de luz.
As amizades cujos laços nunca desataram, as afinidades sem fim, os sentimentos cujo tempo não reduziu a intensidade ou a importância são retomados e ampliados.
No mundo verdadeiro onde o mal não triunfa e onde a mentira ou a dissimulação não tem espaço, velhos corpos se unem em modernos formatos (2), não tão distintos o bastante para se revelarem por inteiro.
A graça do sublime reencontro aquece o coração das almas saudosas e descortina novos horizontes na vivência infinita da alma.
Nos campos iluminados pela fé verdadeira o amor une e reúne as criaturas em torno de seus entes queridos. E não importa qual tenha sido a dor da partida ou quão intenso tenha sido o sofrimento do desenlace, tudo é recompensado no reencontro maior (3).
Aos que tem fé, é esperança verdadeira. Aos descrentes é uma opção com a qual gostaria de contar.
Se tens a fé verdadeira, és afortunado. A solidão e o desamparo jamais te tocarão e nunca, nunca o sofrimento pesará sobre ti.
São Paulo, junho de 2012
(1) Refere-se à "pátria espiritual": o mundo espiritual.
(2) Formato e aparência de espírito.
(3) O reencontro de almas afins no mundo espiritual após o desencarne (ou morte).
sábado, 9 de junho de 2012
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