Quando julguei-me suficientemente preparado, saí em busca de Deus.
Subi ao mais alto cume, onde a neve nunca derrete, mas lá ouvi apenas o vento.
Desci, então, aos mais profundos desfiladeiros, onde o calor sufoca toda forma de vida, mas lá apenas ouvi o uivo dos coiotes.
Infelizmente, não nos é dada permissão para conhecermos a natureza de Deus.
O espírito de Deus é como a pena de uma águia a qual tomamos em nossas mãos e apreciamos a beleza de suas formas, de suas cores, sua harmonia e sua perfeição, mas não compreendemos como pode algo de aparência tão frágil erguer aos céus pássaro tão pesado.
Assim, seja na água que propicia a vida, no fogo que ilumina a noite, na terra que acolhe a semente, saibamos divisar e reconhecer a pena de águia, sinal incontestável da presença de Deus em toda sua criação.
São Paulo, abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
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