Destituído das emoções que me prendiam ao corpo de carne e despido das energias que obscureciam meus pensamentos enquanto vivo no mundo terreno, mudei profundamente o modo e a maneira como compreendia o planeta e os homens.
Atraía-me o sucesso e a glória. Interessava-me os que amealhavam grandes fortunas; os artistas por sua sensibilidade e os filósofos pela sagacidade e raciocínio límpido.
Hoje, observando o mundo sem as lentes embaçadas pela presunção humana, tenho admiração sincera pelos heróis anônimos que não aparecem em fotografias, não concedem autógrafos e não recebem comendas.
Inclino-me a apreciar aqueles que descem às regiões insalubres onde ninguém desejaria estar, que confortam enfermos os quais ninguém desejaria abraçar, que resgatam esquecidos da vida e da sorte.
Eles trabalham para Aquele que habita o altíssimo e meu trabalho é fazer ninguém esquecê-los.
São Paulo, maio de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário