sexta-feira, 1 de julho de 2011

Hoje eu acordei

Hoje eu acordei.
Não de um sono reparador das energias do corpo, mas de um sono nefasto que entorpece a mente.
Hoje eu acordei e me vi como um criminoso.
Não um criminoso na forma da lei.
Eu não roubei, não subtraí vidas, não prejudiquei ou pratiquei o mal a ninguém, exceto a mim mesmo.
Eu mereço esta parcela de sofrimento e de dor.
Eu mereço esta parcela de infortúnio.
Eu destruí, sistematicamente, todas as chances de felicidade em minha vida.
Deus, em sua bondade infinita, jamais puniu-me ou castigou-me,
eu antes o fiz.

São Paulo, abril de 2011

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