quarta-feira, 17 de março de 2010

Pegadas

Não faria sentido algum caminhar sobre as rochas onde meus pés não deixam marcas ou rastros.
Assim, caminho na areia e na poeira das estradas, deixando nelas impressas minhas pegadas, testemunhas de minha passagem por este mundo.
Desta forma meus filhos e os filhos destes poderão, se assim desejarem, seguirem meus passos.
Valho-me, também, de outros sinais.
Nas árvores junto ao caminho amarro fitas coloridas e, nas colinas onde oro e repouso meu corpo, ergo pequenas pilhas de pedras.
As fitas, sopradas pelo vento, nos lembram que estamos todos sujeitos a uma força maior e as pedras, imóveis, não nos deixam esquecer que a única coisa perene neste mundo é o amor que colocamos em nossas orações.
Então, sigo meu caminho, o caminho já percorrido por meu pai e pelo pai dele, desfrutando o legado de experiências que eles me deixaram, pois a educação, transmitida de geração a geração, é a chave para a evolução maior.

São Paulo, março de 2010

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