terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tempo


Inabalável, a areia escorre pela ampulheta.
Célere, a correnteza segue seu curso.
Imperturbável, o relógio conta os segundos.

O tempo urge.
Não demoremos na seara da imobilidade.
É hora de agir.

Os campos do Senhor encontram-se ávidos da semente.
Então, tomemos o arado e a enxada e cultivemos extensas áreas.
Colhamos lautas quantias e distribuamos os frutos à mãos cheias, granjeando amizades e simpatias,
armazenando em no silo de nossos corações as divinas e incorruptíveis bênçãos da caridade.


São Paulo, dezembro de 2008

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