Translúcido, gota a gota, o degelo da primavera forma filetes de água.
Para muitos é a fonte da vida.
Para outros, é a marca da pureza.
A pureza do coração se externa nos gestos, nas expressões e até mesmo em um olhar.
A pureza do coração é o selo cristão que atesta a bondade e a retidão de nossos atos para com o próximo e para conosco.
Que o brilho da pureza permaneça em nossos corações, clareando e iluminando nosso caminho rumo a evolução.
São Paulo, novembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Natal (2009)
Celebremos a mesa farta, a abundância, oferecendo os frutos desta mesa a todos os desafortunados das riquezas materiais.
Comemoremos o Consolador Prometido (1), assegurando que o láudano de suas palavras possa aplacar os sofrimentos dos que padecem das dores da alma.
Festejemos a presença de Deus, de Jesus e de toda Espiritualidade Superior junto a nós, orando para que essas bênçãos sejam, também, extendidas aos desencaminhados da fé, do amor e da caridade.
Honremos, sem desperdícios, sem excessos, a vinda de Jesus ao nosso mundo.
É Natal na terra dos homens. Que o Reino dos Céus esteja entre nós.
São Paulo, novembro de 2009
(1) A doutrina dos espíritos codificada por Kardec
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Liberdade
O amor de Deus corrói os grilhões,
derrete as algemas, desata as amarras
e arrebenta as correntes que oprimem
nossos corações.
Libertos do temor do abandono divino,
pesa sobre nossos ombros
a responsabilidade de empregar
esta liberdade de modo fraterno e sábio.
Saibamos nos espelhar no exemplo
dos muitos que antes de nós vieram,
nos ensinando a viver e conviver em harmonia.
Saibamos seguir os caminhos daquele
mestre que, ao deixar-se prender
ao madeiro da cruz no Gólgota,
libertou toda a humanidade.
São Paulo, janeiro de 2009
derrete as algemas, desata as amarras
e arrebenta as correntes que oprimem
nossos corações.
Libertos do temor do abandono divino,
pesa sobre nossos ombros
a responsabilidade de empregar
esta liberdade de modo fraterno e sábio.
Saibamos nos espelhar no exemplo
dos muitos que antes de nós vieram,
nos ensinando a viver e conviver em harmonia.
Saibamos seguir os caminhos daquele
mestre que, ao deixar-se prender
ao madeiro da cruz no Gólgota,
libertou toda a humanidade.
São Paulo, janeiro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Muralhas de Jericó
O homem que constrói muros e fortalezas para, separado dos demais povos, alcançar a paz é o mesmo homem que se fecha entre os portões das igrejas e os ferros das sinagogas para buscar o Pai.
Por trás das pesadas fortalezas o homem se isola e, assim, perde a chance de compreender e compartilhar o mundo com seus pares.
Aprisionado pelos limites do claustro o homem não percebe que o convite de Jesus é o convite à vida, à liberdade, ao conhecimento.
Assim como é necessário que o homem rompa as barreiras, aprecie e aprenda com outros homens, é preciso que o homem quebre os grilhões que o detém, rasgue a venda que o cega, abra seu coração para o mundo criado e habitado por Deus.
No contato com a natureza, com outros homens, outras civilizações, o homem perceberá que o reino de Deus está em toda parte. Perceberá que todo local é sagrado e digno o bastante para abrigar uma prece, uma oração.
Que se abram os caminhos do entendimento, que caiam em ruínas, como as muralhas de Jericó, os obstáculos e entraves à compreensão humana.
Somos distintos, pois distintas são as faces de Deus.
Somos únicos, pois em cada um de nós foram desenvolvidas diferentes características e habilidades, conforme o nível de evolução e merecimento individual.
Apreciemos essa mescla. Aprendamos uns com os outros.
Harmonizemo-nos, respeitemo-nos e, acima de tudo, como Jesus nos ensinou, amemo-nos uns aos outros.
São Paulo, dezembro de 2003
Por trás das pesadas fortalezas o homem se isola e, assim, perde a chance de compreender e compartilhar o mundo com seus pares.
Aprisionado pelos limites do claustro o homem não percebe que o convite de Jesus é o convite à vida, à liberdade, ao conhecimento.
Assim como é necessário que o homem rompa as barreiras, aprecie e aprenda com outros homens, é preciso que o homem quebre os grilhões que o detém, rasgue a venda que o cega, abra seu coração para o mundo criado e habitado por Deus.
No contato com a natureza, com outros homens, outras civilizações, o homem perceberá que o reino de Deus está em toda parte. Perceberá que todo local é sagrado e digno o bastante para abrigar uma prece, uma oração.
Que se abram os caminhos do entendimento, que caiam em ruínas, como as muralhas de Jericó, os obstáculos e entraves à compreensão humana.
Somos distintos, pois distintas são as faces de Deus.
Somos únicos, pois em cada um de nós foram desenvolvidas diferentes características e habilidades, conforme o nível de evolução e merecimento individual.
Apreciemos essa mescla. Aprendamos uns com os outros.
Harmonizemo-nos, respeitemo-nos e, acima de tudo, como Jesus nos ensinou, amemo-nos uns aos outros.
São Paulo, dezembro de 2003
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Vida infinita
Da semente ao fruto
do fruto à semente.
À cada primavera a vida
nos campos sem fim,
se renova, se transforma,
indefinidamente.
Planeta de infinitas possibilidades,
mergulhado no cosmo de infinitas dimensões,
carrega em seu seio
a mais perfeita criação divina.
Local onde o Pai de infinita bondade
e infinita justiça, quis,
em demonstração de inifinita sabedoria,
que a vida jamais fosse finita.
São Paulo, janeiro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Chuva
Sabe aqueles momentos em que através da janela observamos a chuva cair e essa, inclemente, parece não cessar?
Sabe aqueles momentos em que nossos corações são abalados por uma torrente de inquietudes e preocupações?
Sabe aqueles momentos em que sobre nossos ombros recai o insustentável peso de inúmeros problemas aparentemente insolúveis?
Nesses casos lembremos da chuva que sempre cessa e dá lugar ao sol. Pois, em nossas vidas nada é eterno, senão a própria vida.
Observemos que a chuva umidifica o solo e permite o crescimento e o desenvolvimento de inúmeras espécies vegetais.
Tal qual a chuva, as provas e dificuldades, aguçam nossa mente, aprimoram nossa razão e permitem a nós um seguro crescer e evoluir, onde aprendemos sempre.
Habitemos, então, a biblioteca universal de nosso Pai, absorvendo e adquirindo o aprendizado nosso de cada dia.
São Paulo, fevereiro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Pequeninos
Ensimesmados, mergulhados em nossos pensamentos. Totalmente ocupados com nossos temores e anseios. Atarefados com nossas atividades cotidianas, presentes, tangíveis e imediatas, deixamo-nos recobrir por pesado manto que limita nossa percepção e impede-nos vislumbrarmos o mundo maior.
Presos a essa teia, a esta rede que nos envolve, onde aprendemos sentir falsa segurança, duvidoso conforto e perigosa sensação de auto-confiança, cerramos nossos olhos à multiplicidade de vidas, à pluraridade de mundos, ao infinito de planos, orbes e às maravilhas do verdadeiro mundo divino.
Amigos, é chegada a hora de nos erguermos, e removermos de nossos olhos tudo que impeça admirarmos o reino dos céus.
Muito acertadamente, tal visão nos faça pequeninos, diminutos, mas não nos perturbemos, pois se nos tornamos pequenos frente a obra divina, pequenos também se tornam nossos problemas e nossas preocupações.
São Paulo, novembro de 2009
Presos a essa teia, a esta rede que nos envolve, onde aprendemos sentir falsa segurança, duvidoso conforto e perigosa sensação de auto-confiança, cerramos nossos olhos à multiplicidade de vidas, à pluraridade de mundos, ao infinito de planos, orbes e às maravilhas do verdadeiro mundo divino.
Amigos, é chegada a hora de nos erguermos, e removermos de nossos olhos tudo que impeça admirarmos o reino dos céus.
Muito acertadamente, tal visão nos faça pequeninos, diminutos, mas não nos perturbemos, pois se nos tornamos pequenos frente a obra divina, pequenos também se tornam nossos problemas e nossas preocupações.
São Paulo, novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Decida-te
Descortina-se ante nós largo caminho ladeado por flores.
Leito de luz. Passagem segura para nossa evolução.
Ao lado deste, um caminho estreito, tortuoso, escuro e
margeado por espinhos.
Há muito caminhamos e agora encontramo-nos ante a encruzilhada.
Pense.
Reflita.
Não deixes que a revolta e a vingança façam presa o seu coração.
Aquiete o seu íntimo e decida-te.
Decida-te pelo caminho do bem.
São Paulo, dezembro de 2008
Leito de luz. Passagem segura para nossa evolução.
Ao lado deste, um caminho estreito, tortuoso, escuro e
margeado por espinhos.
Há muito caminhamos e agora encontramo-nos ante a encruzilhada.
Pense.
Reflita.
Não deixes que a revolta e a vingança façam presa o seu coração.
Aquiete o seu íntimo e decida-te.
Decida-te pelo caminho do bem.
São Paulo, dezembro de 2008
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
A serviço do amor
Pequeno se torna o espaço físico (1)destinado ao trabalho do amor ante a multidão de desamparados que concorrem aos recursos da luz.
No exíguo espaço também tornam-se apertados nossos corações, incapazes que somos de mais e melhor auxiliarmos nossos irmãos.
Em nosso mundo cotidiano convivemos com a abundância e com o desperdício.
No serviço do amor, contudo, nada é desperdiçado.
Migalhas de amor transformam-se em rochedos que retém enxurradas de prantos.
Gotas de carinho lavam e purificam almas em desequilíbrio.
Assim, dediquemos alguns minutos de nossos dias à rogativa sincera pelo auxílio a todos os que sofrem e anseiam pelo auxílio maior.
São Paulo, setembro de 2009
(1) Trata-se do espaço físico da sala do Centro Espírita.
No exíguo espaço também tornam-se apertados nossos corações, incapazes que somos de mais e melhor auxiliarmos nossos irmãos.
Em nosso mundo cotidiano convivemos com a abundância e com o desperdício.
No serviço do amor, contudo, nada é desperdiçado.
Migalhas de amor transformam-se em rochedos que retém enxurradas de prantos.
Gotas de carinho lavam e purificam almas em desequilíbrio.
Assim, dediquemos alguns minutos de nossos dias à rogativa sincera pelo auxílio a todos os que sofrem e anseiam pelo auxílio maior.
São Paulo, setembro de 2009
(1) Trata-se do espaço físico da sala do Centro Espírita.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Ante as dificuldades
Ante as dificuldades,
diante das agruras, nada tema.
Deus nos concede
todas as ferramentas, todos os instrumentos
que necessitamos para a vitória.
Deus nos dá a lança,
para nossa proteção.
Deus nos dá o cajado,
para pastorearmos,
Deus nos dá o arado,
para semearmos.
Mas Deus nos dá, em especial,
nosso coração.
E nele as bençãos do altíssimo
que vertem grande luz
cujo brilho ilumina nossa jornada.
diante das agruras, nada tema.
Deus nos concede
todas as ferramentas, todos os instrumentos
que necessitamos para a vitória.
Deus nos dá a lança,
para nossa proteção.
Deus nos dá o cajado,
para pastorearmos,
Deus nos dá o arado,
para semearmos.
Mas Deus nos dá, em especial,
nosso coração.
E nele as bençãos do altíssimo
que vertem grande luz
cujo brilho ilumina nossa jornada.
São Paulo, agosto de 2006
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Cruz
Em nossa infância, rodeados por nossos brinquedos e, sujeitos ao forte influxo de nossos pensamentos, nos abstraímos da realidade e nos transportamos a um mundo diverso e particular.
Anos mais tarde, ao tocar ou vislumbrarmos esses brinquedos somos tomados novamente pelas mesmas sensações.
O magnetismo de nossos pensamentos imanta esses objetos, causando esse efeito.
Assim ocorre, também, com a cruz . Basta que a tomemos em nossas mãos ou que deitemos nossos olhos sobre ela para que nossos corações sejam invadidos pela alegria das bodas de Canaã, que sintamos o orvalho do monte das oliveiras, que experimentemos o pão da comunhão com Cristo, que sejamos ofuscados pela luz da ressurreição divina.
Sinal singelo, formado por apenas duas linhas entrecortadas, a cruz, mais que um símbolo, encerra a filosofia do amor que nos transporta para Deus.
São Paulo, setembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O perdão integral
Se ouves o som das cimitarras em embate fratricida, ore por aqueles cujo coração ainda não foi tocado pela luz do altíssimo e deixes que estas emoções diminutas assolem seus pensamentos.
Toda sorte de desamor que existe ou existiu em nosso globo advém da incapacidade de expressar o amor que o coração de alguns homens ainda não desenvolveu.
Esta capacidade de amar, de perdoar, de conviver e compreender não são obtidas ou recebidas, se não, conquistadas.
Em jornada de evolução, onde todos transitam, mais e mais esses amigos recebem amostras da transitoriedade das coisas e das atrações do mundo material.
O perdão que se objetiva conquistar, porém, não é o perdão social, é o perdão integral.
O gesto que fazemos não é movido pelo julgamento alheio, mas em nome de nossos mais nobres sentimentos, àqueles que mais anelados estão com a filosofia que abraçamos (1).
O perdão meritório é aquele que não deixa sequelas, que não prescinde troca, que não almeja recompensa.
Perdoamos integralmente quando aceitamos que o perdoado é nosso semelhante e que, como tal, poderia ser também ele a ocupar o posto de reclamante, de prejudicado.
Se somos iguais em corpo e alma, nos compreendamos e nos aceitemos mutuamente. Se somos diferentes em moral, respeitemos aqueles que ainda se debatem na escuridão do desconhecimento e, caridosos que somos, acendamos uma luz por estes que buscam e almejam outros estágios alcançar.
O perdão integral atesta nosso estado interior, externa o amor que devemos ensejar em nosso peito e despeja sobre o nosso próximo uma lufada de carinho e respeito, que o toca e o modifica, tornando-o crente em um mundo melhor, onde a paz e o entendimento reinarão incontestes.
(1) Refere-se a Doutrina Espírita.
São Paulo, novembro de 2003
Toda sorte de desamor que existe ou existiu em nosso globo advém da incapacidade de expressar o amor que o coração de alguns homens ainda não desenvolveu.
Esta capacidade de amar, de perdoar, de conviver e compreender não são obtidas ou recebidas, se não, conquistadas.
Em jornada de evolução, onde todos transitam, mais e mais esses amigos recebem amostras da transitoriedade das coisas e das atrações do mundo material.
O perdão que se objetiva conquistar, porém, não é o perdão social, é o perdão integral.
O gesto que fazemos não é movido pelo julgamento alheio, mas em nome de nossos mais nobres sentimentos, àqueles que mais anelados estão com a filosofia que abraçamos (1).
O perdão meritório é aquele que não deixa sequelas, que não prescinde troca, que não almeja recompensa.
Perdoamos integralmente quando aceitamos que o perdoado é nosso semelhante e que, como tal, poderia ser também ele a ocupar o posto de reclamante, de prejudicado.
Se somos iguais em corpo e alma, nos compreendamos e nos aceitemos mutuamente. Se somos diferentes em moral, respeitemos aqueles que ainda se debatem na escuridão do desconhecimento e, caridosos que somos, acendamos uma luz por estes que buscam e almejam outros estágios alcançar.
O perdão integral atesta nosso estado interior, externa o amor que devemos ensejar em nosso peito e despeja sobre o nosso próximo uma lufada de carinho e respeito, que o toca e o modifica, tornando-o crente em um mundo melhor, onde a paz e o entendimento reinarão incontestes.
(1) Refere-se a Doutrina Espírita.
São Paulo, novembro de 2003
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Não estamos sós
Sobre nós o manto do céu com milhares de estrelas, milhares de sóis e milhões de outros mundos.
Ao nosso redor milhões de de homens, milhares de seres, milhões de almas.
E ainda nos sentimos sós.
A solidão não é algo que se equaciona adicionando quantidade aos seus elementos. E sim, adicionando qualidade. Porque a solidão é inversamente proporcional ao amor.
Uma atividade como esta, ora aqui realizada (1), poderia ser executada em outra esfera, talvez com mais eficácia, talvez com mais facilidade, mas faltaria o amor.
As criaturas que aqui chegam necessitam recordar o amor que já experimentaram em outras existências ou, precisam saborear o amor que sempre lhes foi negado.
Em contrapartida esses irmãos deixam gravado nas paredes desta sala, indelével, o consolo de que a sepultura solitária e fria é apenas uma figura literária.
Então, neste intercâmbio de almas, de sentimentos, uma verdade se destaca: não estamos sós.
(1) Atividade de desobsessão realizada em centro espírita, em local e horário específicos para este fim.
São Paulo, setembro de 2009
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