terça-feira, 3 de novembro de 2009

Não estamos sós

Sobre nós o manto do céu com milhares de estrelas, milhares de sóis e milhões de outros mundos.
Ao nosso redor milhões de de homens, milhares de seres, milhões de almas.
E ainda nos sentimos sós.

A solidão não é algo que se equaciona adicionando quantidade aos seus elementos. E sim, adicionando qualidade. Porque a solidão é inversamente proporcional ao amor.

Uma atividade como esta, ora aqui realizada (1), poderia ser executada em outra esfera, talvez com mais eficácia, talvez com mais facilidade, mas faltaria o amor.

As criaturas que aqui chegam necessitam recordar o amor que já experimentaram em outras existências ou, precisam saborear o amor que sempre lhes foi negado.
Em contrapartida esses irmãos deixam gravado nas paredes desta sala, indelével, o consolo de que a sepultura solitária e fria é apenas uma figura literária.
Então, neste intercâmbio de almas, de sentimentos, uma verdade se destaca: não estamos sós.

(1) Atividade de desobsessão realizada em centro espírita, em local e horário específicos para este fim.
São Paulo, setembro de 2009

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