Sim, ainda somos todos crianças. Crianças na alma e crianças no pensar.
Como crianças, a curiosidade nos envolve e nos projeta para a frente, para descobrirmos este novo mundo que ao nossos olhos agora se descortina.
Como as pequenas criaturas, muitas vezes teremos medo e sentiremos vontade de voltar.
Como seres infantis, por muitas vezes desejaremos estar em outro lugar, em outro mundo, em outro trabalho.
Nós temos a capacidade de escolhermos a hora e o momento, o lugar e o espaço, os costumes e a cultura, mas não podemos escolher o tema de nosso aprendizado, sob risco de não bem sabermos escolhê-lo e, assim, ainda mais nos demorarmos no caminho.
A passos de criança, por vezes hesitantes, nos movemos. Mas não estamos, tampouco, sós.
Ombro a ombro seguem conosco milhares de outros. Alguns mais esclarecidos, outros mais confusos e inseguros. E muito podemos realizar no auxílio desses menos afortunados de conhecimento e convicção.
Envolva-os no amor fraternal; dirija-lhes palavras de incentivo e de ânimo. Mantenha-os no caminho correto o quanto puderes, sem jamais ferir seus desejos, sua liberdade, nunca impondo a eles a tua verdade.
Quando muitos se unem no bem é como a torrente de um rio cujas águas não conhecem obstáculos. Quando a força desses membros e os sentimentos desses corações abraçam o trabalho dignificante, nada pode detê-los a não ser a dúvida e o temor que encerram no peito.
Afaste a insegurança. Afaste o temor e lance, sem vacilar, seus braços ao trabalho redentor.
Estenda, confiante, tuas mãos aos que sofrem, pois não há tarefa mais bela ou mais singela que amar verdadeiramente teu irmão.
São Paulo, outubro de 2003
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