Te perdeste em meio a escuridão das sombras eternas, vagueando sem rumo entre as brumas da ilusão?
Nós também estivemos perdidos.
Erraste pelos caminhos tortuosos do engano, condenando tantos outros e a ti mesmo à severas e impiedosas punições?
Nós também erramos.
Trilhaste o caminho das viciações deixando o éter das paixões desenfreadas assolar os teu corpo, assaltando teu sentidos, perturbando profundamente tuas emoções?
Nós também nos deixamos perturbar.
Exalaste o fel da discórdia, promovendo a revolta, a ira e a revolta ao teu redor?
Nós também o espalhamos.
Não importa quão significativos sejam teu erros. Nós, que tanto ou ainda mais que tu já erramos, já logramos superá-los e tu também podes fazê-lo.
Não importa quão vergonhosos eles sejam agora para ti. Nós, que muito mais que tu nos envergonhamos de tê-los cometido, o acolheremos de braços abertos.
Não importa quão importantes sejam teus enganos. Nós, que desde muito temos errado, sabemos que nada pode ser maior que teu arrependimento sincero.
Estiveste imobilizado pela desilusão, permanecendo estático frente ao teu destino, desistindo de tua jornada e de ti mesmo?
Nós não.
Se caminhavas trôpego, suportávamos-te.
Se, incapaz de enxergar te afastavas do caminho verdadeiro, o iluminávamos para ti.
Se, perturbado, teu coração se descontrolava, acalmávamos-o para ti.
Jamais estiveste só. Jamais erraste só. Ao teu lado nós celebramos os teus sucessos e choramos teus desfortúnios. Ao teu lado enxugamos tuas lágrimas e alegramo-nos a cada conquista. Muito fizemos por ti, agora convidamos-te a fazer o mesmo por outros muitos.
São Paulo, dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
Porta estreita
Quando optei por adentrar a porta estreita não o fiz pleno de convicção. Ao percorrer a delgada passagem afligia-me deixar para trás as paixões do coração, os divertimentos da mente e os prazeres do corpo.
Encontraria eu a paz de que tanto necessitava?
Eu não o sabia. E também não cabe agora revelar o que encontrei do outro lado da porta. Posso apenas afirmar que, no caminho da retidão, minha felicidade foi centuplicada.
Contudo, alerto à todos aqueles que sacrificam-se apenas em busca de recompensas e méritos, uma vez que estes se decepcionarão.
Vencedores não são os homens que superam e humilham seus pares. Vencedores são aqueles que extinguem e reduzem suas imperfeições, pois a verdadeira vitória não é a vitória do homem sobre outro homem, mas a vitória do homem sobre si mesmo.
A verdadeira vitória é a conquista da evolução pessoal.
São Paulo, dezembro de 2011
Encontraria eu a paz de que tanto necessitava?
Eu não o sabia. E também não cabe agora revelar o que encontrei do outro lado da porta. Posso apenas afirmar que, no caminho da retidão, minha felicidade foi centuplicada.
Contudo, alerto à todos aqueles que sacrificam-se apenas em busca de recompensas e méritos, uma vez que estes se decepcionarão.
Vencedores não são os homens que superam e humilham seus pares. Vencedores são aqueles que extinguem e reduzem suas imperfeições, pois a verdadeira vitória não é a vitória do homem sobre outro homem, mas a vitória do homem sobre si mesmo.
A verdadeira vitória é a conquista da evolução pessoal.
São Paulo, dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
A segunda milha
Aqueles que hoje percebem a claridade ao meu redor, iluminando a paisagem, não imaginam os anos que vaguei nas sombras do sofrimento.
Aqueles que sentem a brisa fresca e perfumada acariciando a pele não compreendem quão densa e pestilenta pode ser a atmosfera das regiões abissais onde só a dor reina suprema.
Se obstáculos eu encontrei em meu caminho: eu os superei.
Se a lança dos sofrimentos tocou meu coração: eu os suportei.
Se o aprendizado tornou-se doloroso: eu aprendi.
Deus convidou-me ao caminho mais longo. A primeira milha eu percorri por dever, mas a segunda eu caminhei por mim mesmo (1).
Deus tornou meu caminho mais longo e penoso, mas nele eu evoluí.
São Paulo, dezembro de 2011
(1) Mateus 5:41
Aqueles que sentem a brisa fresca e perfumada acariciando a pele não compreendem quão densa e pestilenta pode ser a atmosfera das regiões abissais onde só a dor reina suprema.
Se obstáculos eu encontrei em meu caminho: eu os superei.
Se a lança dos sofrimentos tocou meu coração: eu os suportei.
Se o aprendizado tornou-se doloroso: eu aprendi.
Deus convidou-me ao caminho mais longo. A primeira milha eu percorri por dever, mas a segunda eu caminhei por mim mesmo (1).
Deus tornou meu caminho mais longo e penoso, mas nele eu evoluí.
São Paulo, dezembro de 2011
(1) Mateus 5:41
sábado, 19 de novembro de 2011
Mar revolto
Os intempestivos e furiosos vagalhões arremetem contra o costado da embarcação.
Toneladas de água pressionam e empurram o madeirame que estala, range, deforma-se sob o impacto; mas resiste.
Do embate titânico restam apenas espumas sobre o convés. Espumas que celebram a vitória da virtude e do raciocínio sobre as forças irracionais.
No devido momento, ao sentirmo-nos confiantes, desfraldaremos novamente as velas ao vento, adquirindo a velocidade necessária para nos afastarmos da zona tormentosa.
E não olharemos para trás, porque nossos olhos não dão atenção à dificuldades superadas. Mas manteremos a superação em nossa memória, insuflando nosso ânimo contra novas e futuras adversidades a serem enfrentadas com a necessária experiência hoje adquirida.
São Paulo, novembro de 2011
Toneladas de água pressionam e empurram o madeirame que estala, range, deforma-se sob o impacto; mas resiste.
Do embate titânico restam apenas espumas sobre o convés. Espumas que celebram a vitória da virtude e do raciocínio sobre as forças irracionais.
No devido momento, ao sentirmo-nos confiantes, desfraldaremos novamente as velas ao vento, adquirindo a velocidade necessária para nos afastarmos da zona tormentosa.
E não olharemos para trás, porque nossos olhos não dão atenção à dificuldades superadas. Mas manteremos a superação em nossa memória, insuflando nosso ânimo contra novas e futuras adversidades a serem enfrentadas com a necessária experiência hoje adquirida.
São Paulo, novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Perdão
O perdão das letras, se sincero e verdadeiro tem o seu valor. Porém, não penses que a qualidade do papel, cuidadosamente escolhido, a riqueza dos matizes da tinta, a pena que desenha caprichosa caligrafia, as filigranas ou as marcas d'água aplacarão os teu sentimentos ou os sentimentos daqueles que tiveres ofendido.
O perdão das palavras, se sincero e verdadeiro tem também o seu valor. Porém, não julgues que o discurso elaborado, as palavras emocionadas, a métrica perfeita, a entonação adequada ou a pronúncia delicada colaborarão para aplacar os teus sentimentos ou os sentimentos daqueles que tiverdes ofendido.
Já o perdão do coração, não importa a sua aparência, é sempre belo. Não importa a sua forma é sempre eficaz, verdadeiro e sincero. Ele não se reveste das belezas tangíveis, das impressões da matéria. A despeito de sua singela forma e aparência, toca profundamente outros corações; acalenta, consola, repara e renova a alma de quem o concede, balsamizando igualmente o espírito ao qual ele é dirigido.
A letra é morta e a palavra não tem vida sem o envolvimento do coração.
Apenas o coração em verdadeira caridade de ação perdoa.
São Paulo, novembro de 2011
O perdão das palavras, se sincero e verdadeiro tem também o seu valor. Porém, não julgues que o discurso elaborado, as palavras emocionadas, a métrica perfeita, a entonação adequada ou a pronúncia delicada colaborarão para aplacar os teus sentimentos ou os sentimentos daqueles que tiverdes ofendido.
Já o perdão do coração, não importa a sua aparência, é sempre belo. Não importa a sua forma é sempre eficaz, verdadeiro e sincero. Ele não se reveste das belezas tangíveis, das impressões da matéria. A despeito de sua singela forma e aparência, toca profundamente outros corações; acalenta, consola, repara e renova a alma de quem o concede, balsamizando igualmente o espírito ao qual ele é dirigido.
A letra é morta e a palavra não tem vida sem o envolvimento do coração.
Apenas o coração em verdadeira caridade de ação perdoa.
São Paulo, novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Encontro
Encontrar-te-ei onde o brilho do sol é mais intenso e a luz das estrelas mais brilhante no firmamento.
Encontrar-te-ei onde a brisa gentil carrega o perfume das flores e as águas do regato, cristalinas, correm rápidas, sem oposição.
Encontrar-te-ei onde a terra exala e transborda fecundidade e as sementes sempre encontram território adequado para germinarem.
Encontrar-te-ei neste ambiente de glória e abundância, porque este é o meu destino e o teu também.
Encontrar-te-ei caminhando seguro à passos largos e estarei ao teu lado rumando para a luz.
A despeito de todo sofrimento e de toda angústia, um dia encontrar-te-ei nos campos do Senhor.
São Paulo, outubro de 2011
Encontrar-te-ei onde a brisa gentil carrega o perfume das flores e as águas do regato, cristalinas, correm rápidas, sem oposição.
Encontrar-te-ei onde a terra exala e transborda fecundidade e as sementes sempre encontram território adequado para germinarem.
Encontrar-te-ei neste ambiente de glória e abundância, porque este é o meu destino e o teu também.
Encontrar-te-ei caminhando seguro à passos largos e estarei ao teu lado rumando para a luz.
A despeito de todo sofrimento e de toda angústia, um dia encontrar-te-ei nos campos do Senhor.
São Paulo, outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Escuridão
Quando a escuridão atinge a sabedoria, transformando o conhecimento em ignorância, são abertas as portas da mistificação e do engano.
Quando as sombras se abatem sobre nosso coração, escurecendo a luz da caridade e transformando-a em avareza, a luz do amor se apaga em nós.
Quando as trevas recaem sobre nossa mente, confundindo nosso raciocínio, não importa quão lúcidos estejamos, apenas caminhamos no erro.
A todos que caminham nas sombras: ousem não atender a voz da suspeita sabedoria, ousem não seguir o que o coração manda, ousem contrariar o que o raciocínio clama. Saibam que junto a vós, muito próximo de onde caminhais, a a luz da verdade brilha e vos convida a experimentar o calor, a pureza e a mansuetude do divino e perfeito caminho.
São Paulo, outubro de 2011
Quando as sombras se abatem sobre nosso coração, escurecendo a luz da caridade e transformando-a em avareza, a luz do amor se apaga em nós.
Quando as trevas recaem sobre nossa mente, confundindo nosso raciocínio, não importa quão lúcidos estejamos, apenas caminhamos no erro.
A todos que caminham nas sombras: ousem não atender a voz da suspeita sabedoria, ousem não seguir o que o coração manda, ousem contrariar o que o raciocínio clama. Saibam que junto a vós, muito próximo de onde caminhais, a a luz da verdade brilha e vos convida a experimentar o calor, a pureza e a mansuetude do divino e perfeito caminho.
São Paulo, outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Nem tudo é o que parece ser
Revelar-se-á, no momento propício, toda a verdade oculta.
Mostrar-se-á, quando for oportuno, tudo aquilo que ainda permanece em segredo.
Na hora ajustada, um pouco daquilo que ainda hoje te parece justo e correto apresentar-se-á como errado e injusto. Um pouco daquilo que ainda hoje te parece perfeito e adequado expor-se-á como inadequado e perigoso.
Nem tudo é o que parece ser.
Aos olhos do mundo espiritual muito dos valores que hoje nos parecem adequados e acertados, as leis que nos parecem equilibradas e perfeitas, as condutas que são consideradas oportunas e devidas, cairão por terra e serão sobrepujadas pelos novos conceitos e pela mais perfeita ética, estruturada na caridade e no amor cristão.
Até lá muito erraremos. Até lá caminharemos sob a égide do engano, do preconceito e das falsas conclusões.
Mas se queres não errar, se queres de verdade acertar desde agora, reflitas sempre em cada gesto teu, em cada atitude tua, penses o que faria o Mestre se estivesse Ele em teu lugar, naquele momento, naquele instante, frente àquele problema. Indagues que decisão o Amoroso Pastor tomaria e imite-a sem temor ou receio em teu coração, na certeza que estarás seguindo as mais sublimes leis naturais do amor.
São Paulo, outubro de 2011
Mostrar-se-á, quando for oportuno, tudo aquilo que ainda permanece em segredo.
Na hora ajustada, um pouco daquilo que ainda hoje te parece justo e correto apresentar-se-á como errado e injusto. Um pouco daquilo que ainda hoje te parece perfeito e adequado expor-se-á como inadequado e perigoso.
Nem tudo é o que parece ser.
Aos olhos do mundo espiritual muito dos valores que hoje nos parecem adequados e acertados, as leis que nos parecem equilibradas e perfeitas, as condutas que são consideradas oportunas e devidas, cairão por terra e serão sobrepujadas pelos novos conceitos e pela mais perfeita ética, estruturada na caridade e no amor cristão.
Até lá muito erraremos. Até lá caminharemos sob a égide do engano, do preconceito e das falsas conclusões.
Mas se queres não errar, se queres de verdade acertar desde agora, reflitas sempre em cada gesto teu, em cada atitude tua, penses o que faria o Mestre se estivesse Ele em teu lugar, naquele momento, naquele instante, frente àquele problema. Indagues que decisão o Amoroso Pastor tomaria e imite-a sem temor ou receio em teu coração, na certeza que estarás seguindo as mais sublimes leis naturais do amor.
São Paulo, outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Trabalho redentor
Estudaste com afinco a doutrina redentora.
Aprendeste as técnicas da excelsa terapia.
Agora é hora de colocares teu corpo e teu espírito à serviço da consolação.
Que teu corpo seja banhado na luz do amor.
Que teu coração seja uma chama de bondade.
Que tuas palavras sejam o analgésico bendito para as dores alheias.
Que tuas mãos sejam o lenitivo para as enfermidades de todos aqueles que delas padecem.
Seja teu corpo e tua alma um templo onde a essência divina irradia a paz e a serenidade.
Seja tu a primavera eterna de redenção de que tanto necessitamos, erguendo os caídos, levando esperança aos vencidos, somando e multiplicando as bênçãos do Pai Amoroso.
São Paulo, outubro de 2011
Aprendeste as técnicas da excelsa terapia.
Agora é hora de colocares teu corpo e teu espírito à serviço da consolação.
Que teu corpo seja banhado na luz do amor.
Que teu coração seja uma chama de bondade.
Que tuas palavras sejam o analgésico bendito para as dores alheias.
Que tuas mãos sejam o lenitivo para as enfermidades de todos aqueles que delas padecem.
Seja teu corpo e tua alma um templo onde a essência divina irradia a paz e a serenidade.
Seja tu a primavera eterna de redenção de que tanto necessitamos, erguendo os caídos, levando esperança aos vencidos, somando e multiplicando as bênçãos do Pai Amoroso.
São Paulo, outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
Navio sem velas
Pode uma embarcação sem mastros ou velas se fazer ao mar ?
A despeito da maré propícia e da qualidade dos ventos, sem a impulsão das velas, a embarcação não irá a lugar algum.
Pode uma carruagem com os freios acionados realizar uma viagem?
A despeito da força de oito corcéis e do pavimento adequado, com os freios acionados a carruagem não irá a lugar algum.
Amigo, não és nau desprovida de mastros e velas que sossobra ao sabor das ondas nem tampouco carruagem estacionada à margem da estrada. Deus preparou para ti as condições propícias do mar e as condições adequadas da estrada para que trilhes o teu caminho de evolução com desenvoltura e valor.
Contudo, não só a Deus depende o teu progresso. Se insistires em manter as velas dobradas e as rodas imóveis o teu progresso estará comprometido. Pense que o teu futuro não a Deus pertence, mas antes, de tu dependes.
São Paulo, setembro de 2011
A despeito da maré propícia e da qualidade dos ventos, sem a impulsão das velas, a embarcação não irá a lugar algum.
Pode uma carruagem com os freios acionados realizar uma viagem?
A despeito da força de oito corcéis e do pavimento adequado, com os freios acionados a carruagem não irá a lugar algum.
Amigo, não és nau desprovida de mastros e velas que sossobra ao sabor das ondas nem tampouco carruagem estacionada à margem da estrada. Deus preparou para ti as condições propícias do mar e as condições adequadas da estrada para que trilhes o teu caminho de evolução com desenvoltura e valor.
Contudo, não só a Deus depende o teu progresso. Se insistires em manter as velas dobradas e as rodas imóveis o teu progresso estará comprometido. Pense que o teu futuro não a Deus pertence, mas antes, de tu dependes.
São Paulo, setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Antes que o pano caia
Não permitas que as lembranças dolorosas e tristes do teu passado perturbem a tua vida presente.
É certo que muitos das personagens ao teu redor são os mesmos do teu pretérito e que muitos deles ainda representam os mesmos papéis neste luminoso teatro da vida.
Contudo, percebe que a luz é distinta, mais intensa, proporcionando detalhes que não foram observados na vida pretérita.
Repare que as cores do cenário são mais calmas e serenas, transmitindo harmonia e paz.
Aproveite a oportunidade de te encontrares novamente nas coxias da evolução e da renovação, de volta ao local onde por tanto tempo ensaiaste com cuidado e carinho o drama que se desenrola em tua vida.
Tem coragem e confiança, sobe ao palco desta cena e interprete com desenvoltura a ação que todos esperam de ti.
Dê o máximo de ti, trabalhando por ti. Até que seja possível. Até que o pano caia.
São Paulo, setembro de 2011
É certo que muitos das personagens ao teu redor são os mesmos do teu pretérito e que muitos deles ainda representam os mesmos papéis neste luminoso teatro da vida.
Contudo, percebe que a luz é distinta, mais intensa, proporcionando detalhes que não foram observados na vida pretérita.
Repare que as cores do cenário são mais calmas e serenas, transmitindo harmonia e paz.
Aproveite a oportunidade de te encontrares novamente nas coxias da evolução e da renovação, de volta ao local onde por tanto tempo ensaiaste com cuidado e carinho o drama que se desenrola em tua vida.
Tem coragem e confiança, sobe ao palco desta cena e interprete com desenvoltura a ação que todos esperam de ti.
Dê o máximo de ti, trabalhando por ti. Até que seja possível. Até que o pano caia.
São Paulo, setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Afazeres, tarefas e missões
Afazeres todos nós possuímos. Tarefas são concedidas à alguns, mas missões são somente atribuídas à muito poucos.
A cada um é solicitado conforme sua capacidade e, principalmente, de acordo com a qualidade e a disponibilidade de auxílio que possuímos. Tudo regiamente dirigido pelas inteligências superiores e, especialmente, pelo crivo implacável de nossa própria consciência.
E, não temas ! No trabalho ou no serviço do bem teus passos são precedidos por um regimento de anjos lanceiros, cujas armas abrem os teus caminhos. À tua retaguarda segue legião de arqueiros cujos dardos da docilidade e da candura garantem a tua proteção. Se perguntais quem guarnece teus flancos, não te esqueças que à tua direita caminham contigo as forças de João, o Batista. E não te preocupes com a tua esquerda, pois os que caminham no bem estão sempre à direita do mestre de todos os mestres (1).
Afasta, então, a preguiça e a morosidade. O mundo aguarda, ansioso, pelos frutos de teu trabalho o qual depende apenas de tua decisão.
(1) Jesus Cristo.
São Paulo, agosto de 2011
A cada um é solicitado conforme sua capacidade e, principalmente, de acordo com a qualidade e a disponibilidade de auxílio que possuímos. Tudo regiamente dirigido pelas inteligências superiores e, especialmente, pelo crivo implacável de nossa própria consciência.
E, não temas ! No trabalho ou no serviço do bem teus passos são precedidos por um regimento de anjos lanceiros, cujas armas abrem os teus caminhos. À tua retaguarda segue legião de arqueiros cujos dardos da docilidade e da candura garantem a tua proteção. Se perguntais quem guarnece teus flancos, não te esqueças que à tua direita caminham contigo as forças de João, o Batista. E não te preocupes com a tua esquerda, pois os que caminham no bem estão sempre à direita do mestre de todos os mestres (1).
Afasta, então, a preguiça e a morosidade. O mundo aguarda, ansioso, pelos frutos de teu trabalho o qual depende apenas de tua decisão.
(1) Jesus Cristo.
São Paulo, agosto de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
O arreio luminoso
Quiçá as ondas do mar fossem formadas somente pela ação dos ventos.
Quiçá as árvores crescessem apenas com a energia da luz solar.
Quiçá as flores desabrochassem apenas devido a sua própria vontade.
O mundo, assim, seria um local facilmente explicado e assimilado, e cuja humanidade, isenta do influxo da criação e da evolução que, qual força gravitacional, impele-nos ao refazimento, à mudança, ao progresso, permaneceria imóvel, em silêncio.
Mas, de que valeria transitar por uma estrada sem começo ou fim, sem objetivos, sem metas ou ideais? O vazio nos esmagaria inapelavelmente.
O animal que trabalha, que produz, que deixa frutos em sua passagem pelo planeta não é o animal livre, mas sim aquele que aceita o arreio e a espora. Quão felizes somos por termos o arreio luminoso do evangelho a nos guiar na escuridão dos tempos e a espora da consciência que nos dirige ao desenvolvimento e ao progresso.
São Paulo, julho de 2011
Quiçá as árvores crescessem apenas com a energia da luz solar.
Quiçá as flores desabrochassem apenas devido a sua própria vontade.
O mundo, assim, seria um local facilmente explicado e assimilado, e cuja humanidade, isenta do influxo da criação e da evolução que, qual força gravitacional, impele-nos ao refazimento, à mudança, ao progresso, permaneceria imóvel, em silêncio.
Mas, de que valeria transitar por uma estrada sem começo ou fim, sem objetivos, sem metas ou ideais? O vazio nos esmagaria inapelavelmente.
O animal que trabalha, que produz, que deixa frutos em sua passagem pelo planeta não é o animal livre, mas sim aquele que aceita o arreio e a espora. Quão felizes somos por termos o arreio luminoso do evangelho a nos guiar na escuridão dos tempos e a espora da consciência que nos dirige ao desenvolvimento e ao progresso.
São Paulo, julho de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
A primavera de nossas almas
Não importam os rigores do inverno, a primavera traz consigo o degelo, transformando a neve em água, que lava as encostas, purifica os vales, restabelece o equilíbrio, a harmonia e a vida.
Não importam as dificuldades e quão sombrio seja nosso estágio na escuridão dos sofrimentos necessários ao nosso despertar.
Deus, fonte infinita de bondade nos enviará, na primavera de nossas almas, uma torrente de bençãos que lavará nossas lágrimas, propiciando o florescimento de nossa fé, a aurora de nosso amor e o ressurgimento da vida em nós.
São Paulo, julho de 2011
Não importam as dificuldades e quão sombrio seja nosso estágio na escuridão dos sofrimentos necessários ao nosso despertar.
Deus, fonte infinita de bondade nos enviará, na primavera de nossas almas, uma torrente de bençãos que lavará nossas lágrimas, propiciando o florescimento de nossa fé, a aurora de nosso amor e o ressurgimento da vida em nós.
São Paulo, julho de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
Luz
Celebremos a luz.
Atravessando o escuro firmamento ela banha a face de nosso planeta distribuindo suas luminosas bênçãos entre as criaturas vivas e entre aquelas que aparentemente são desprovidas desse recurso.
Penetrando toda matéria, alcança e assegura o equilíbrio de todas as partículas, garantindo a estabilidade de todos os princípios.
Alcançando todos os corpos, tem papel determinante na manutenção da ordem e da harmonia nos órgãos humanos e em suas respectivas ligações com o corpo espiritual.
Mãos justapostas, corações repletos de júbilo, agradeçamos a torrente de bênçãos, a luz resplandescente do amor divino intervindo diariamente em nós e por nós.
São Paulo, junho de 2011
Atravessando o escuro firmamento ela banha a face de nosso planeta distribuindo suas luminosas bênçãos entre as criaturas vivas e entre aquelas que aparentemente são desprovidas desse recurso.
Penetrando toda matéria, alcança e assegura o equilíbrio de todas as partículas, garantindo a estabilidade de todos os princípios.
Alcançando todos os corpos, tem papel determinante na manutenção da ordem e da harmonia nos órgãos humanos e em suas respectivas ligações com o corpo espiritual.
Mãos justapostas, corações repletos de júbilo, agradeçamos a torrente de bênçãos, a luz resplandescente do amor divino intervindo diariamente em nós e por nós.
São Paulo, junho de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Apóstolo
Em seu semblante ele trouxe a paz.
Em seu coração as doces palavras de amor.
Em suas mãos os manuscritos da Boa Nova (1)
Aproximou-se de nossa comunidade sem alarde.
A princípio ele foi rechaçado e repelido. Mas sua mansuetude, sua candura, a todos tocava e transformava.
Transformou corações e mentes. Edificou a fé e criou um rebanho de homens devotados aos princípios do Cordeiro (2).
O pequeno templo por ele erigido, hoje grande catedral, tem seu nome. A rua em que ele morava e aflitos abrigava tem seu nome. Mas nada, nada é mais grandioso para nós que carregarmos seu nome em nossos corações.
Bendito apóstolo de Jesus, devotado peregrino da fé, abençoado instrutor do amor, permaneça entre nós.
São Paulo, junho de 2011
(1) Evangelhos contendo as palavras de Jesus.
(2) Jesus Cristo.
Em seu coração as doces palavras de amor.
Em suas mãos os manuscritos da Boa Nova (1)
Aproximou-se de nossa comunidade sem alarde.
A princípio ele foi rechaçado e repelido. Mas sua mansuetude, sua candura, a todos tocava e transformava.
Transformou corações e mentes. Edificou a fé e criou um rebanho de homens devotados aos princípios do Cordeiro (2).
O pequeno templo por ele erigido, hoje grande catedral, tem seu nome. A rua em que ele morava e aflitos abrigava tem seu nome. Mas nada, nada é mais grandioso para nós que carregarmos seu nome em nossos corações.
Bendito apóstolo de Jesus, devotado peregrino da fé, abençoado instrutor do amor, permaneça entre nós.
São Paulo, junho de 2011
(1) Evangelhos contendo as palavras de Jesus.
(2) Jesus Cristo.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Velho celeiro
Retornei aos campos que há tanto havia abandonado. À porta do celeiro o mato crescia alto e quase impediu-me a entrada. Em seu interior as ferramentas agrícolas jaziam no chão enferrujadas e corroídas pelo tempo, muitas das quais inutilizadas para sempre. Perfurações no teto permitiram a entrada da chuva e, sobre o feno apodrecido, ervas daninhas germinavam.
Retornei aos campos que o Senhor me confiou e durante minha ausência nenhuma semente foi plantada e nem ao menos um palmo de solo foi preparado porque estas tarefas apenas a mim mesmo dizem respeito.
Abandonei os Campos do Senhor e entreguei-me a ociosidade. Revoltei-me contra o poder maior e hoje o remorso pelo tempo desperdiçado atormenta meu coração.
Mas não deixo este sentimento dominar-me. Sob a sombra de um novo sol que surge no horizonte, arregaço minhas mangas e dou as costas aos anos de sofrimento do passado para novamente adentrar nas graças do Senhor.
São Paulo, julho de 2011
Retornei aos campos que o Senhor me confiou e durante minha ausência nenhuma semente foi plantada e nem ao menos um palmo de solo foi preparado porque estas tarefas apenas a mim mesmo dizem respeito.
Abandonei os Campos do Senhor e entreguei-me a ociosidade. Revoltei-me contra o poder maior e hoje o remorso pelo tempo desperdiçado atormenta meu coração.
Mas não deixo este sentimento dominar-me. Sob a sombra de um novo sol que surge no horizonte, arregaço minhas mangas e dou as costas aos anos de sofrimento do passado para novamente adentrar nas graças do Senhor.
São Paulo, julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
Pioneiros da mensagem bendita
A poeira das estradas infindáveis, a altitude dos cumes elevados, as regiões desérticas abrasadoras, rios caudalosos, mares bravios, não impediram o percurso da palavra até os rincões distantes onde ela se fez necessária.
Palavras lançadas ao vento, semeando espaços áridos, levando o perfume das flores aos pântanos doentios, cultivando a terra virgem, sedenta de novas idéias, novos guias e novos ideais.
Abnegados professores, entusiastas do discurso da fé e do amor, peregrinos da alegria e da liberdade, marcharam e difundiram a Boa Nova (1) por todos os lugares onde se fizeram presentes. Louvemos estes pioneiros da mensagem bendita agradecendo seus esforços primários que tantas bênçãos nos propiciaram, preenchendo nosso corações e mentes com sua coragem inabalável
São Paulo, maio de 2011
(1) Ensinamentos de Jesus contidos nos Evangelhos
Palavras lançadas ao vento, semeando espaços áridos, levando o perfume das flores aos pântanos doentios, cultivando a terra virgem, sedenta de novas idéias, novos guias e novos ideais.
Abnegados professores, entusiastas do discurso da fé e do amor, peregrinos da alegria e da liberdade, marcharam e difundiram a Boa Nova (1) por todos os lugares onde se fizeram presentes. Louvemos estes pioneiros da mensagem bendita agradecendo seus esforços primários que tantas bênçãos nos propiciaram, preenchendo nosso corações e mentes com sua coragem inabalável
São Paulo, maio de 2011
(1) Ensinamentos de Jesus contidos nos Evangelhos
sábado, 9 de julho de 2011
Filha adorada
Encerrei-me em um quarto de destemperança e lá cultivei apenas o ódio, a cobiça, a inveja e a vingança.
O cotidiano das vibrações negativas escureceram paulatinamente o ambiente até o ponto em que não mais conseguia divisar os tesouros e os bens pelos quais tantos atos de insensatez pratiquei.
Sem ser anunciada ela se fez presente. Trouxe consigo uma luz e cobriu-me com o manto da doçura de suas palavras, aquecendo meu corpo e meu coração.
A despeito de tudo que havia feito ou praticado no passado ela me amava o seu mais puro amor, derretendo com seus sentimentos todo resquício de inclinação ao mal que ainda restava em mim.
E a cada dia eu agradeço a Deus por ter me presenteado com a presença de tão delicada e dedicada criatura.
Jamais pude imaginar que os olhos de uma menina pudessem iluminar a escuridão.
Jamais pude imaginar que o sorriso dessa pequena criatura pudesse inspirar-me tanto amor.
Jamais pude imaginar que uma filha pudesse transformar tão profundamente minha vida.
São Paulo, maio de 2011
O cotidiano das vibrações negativas escureceram paulatinamente o ambiente até o ponto em que não mais conseguia divisar os tesouros e os bens pelos quais tantos atos de insensatez pratiquei.
Sem ser anunciada ela se fez presente. Trouxe consigo uma luz e cobriu-me com o manto da doçura de suas palavras, aquecendo meu corpo e meu coração.
A despeito de tudo que havia feito ou praticado no passado ela me amava o seu mais puro amor, derretendo com seus sentimentos todo resquício de inclinação ao mal que ainda restava em mim.
E a cada dia eu agradeço a Deus por ter me presenteado com a presença de tão delicada e dedicada criatura.
Jamais pude imaginar que os olhos de uma menina pudessem iluminar a escuridão.
Jamais pude imaginar que o sorriso dessa pequena criatura pudesse inspirar-me tanto amor.
Jamais pude imaginar que uma filha pudesse transformar tão profundamente minha vida.
São Paulo, maio de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Heróis anônimos
Destituído das emoções que me prendiam ao corpo de carne e despido das energias que obscureciam meus pensamentos enquanto vivo no mundo terreno, mudei profundamente o modo e a maneira como compreendia o planeta e os homens.
Atraía-me o sucesso e a glória. Interessava-me os que amealhavam grandes fortunas; os artistas por sua sensibilidade e os filósofos pela sagacidade e raciocínio límpido.
Hoje, observando o mundo sem as lentes embaçadas pela presunção humana, tenho admiração sincera pelos heróis anônimos que não aparecem em fotografias, não concedem autógrafos e não recebem comendas.
Inclino-me a apreciar aqueles que descem às regiões insalubres onde ninguém desejaria estar, que confortam enfermos os quais ninguém desejaria abraçar, que resgatam esquecidos da vida e da sorte.
Eles trabalham para Aquele que habita o altíssimo e meu trabalho é fazer ninguém esquecê-los.
São Paulo, maio de 2011
Atraía-me o sucesso e a glória. Interessava-me os que amealhavam grandes fortunas; os artistas por sua sensibilidade e os filósofos pela sagacidade e raciocínio límpido.
Hoje, observando o mundo sem as lentes embaçadas pela presunção humana, tenho admiração sincera pelos heróis anônimos que não aparecem em fotografias, não concedem autógrafos e não recebem comendas.
Inclino-me a apreciar aqueles que descem às regiões insalubres onde ninguém desejaria estar, que confortam enfermos os quais ninguém desejaria abraçar, que resgatam esquecidos da vida e da sorte.
Eles trabalham para Aquele que habita o altíssimo e meu trabalho é fazer ninguém esquecê-los.
São Paulo, maio de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
Jerusalém
Oh, pobre Jerusalém! Teu sofrimento não é sem motivo. Uma brisa fria percorre teus portões e os teus muros encerram apenas tristeza e dor.
Oh, Jerusalém! Lançaste o Portador da Luz (1) à cruz, desperdiçando luminosa oportunidade redentora.
Talhada para brilhar acima de todas as cidades do mundo, com mais luz que todas capitais imperiais reunidas, falhaste em tua missão.
Por desejo de teus habitantes e por desejo do Supremo Pai da Vida, o Cordeiro (1) foi sacrificado em teu solo, pois a delicadeza do amor ainda não é capaz de remover a venda dos olhos dos homens, a singeleza da palavra ainda não desperta seus corações e, apenas o tremor do remorso e do arrependimento podem fazê-lo.
Oh, Jerusalém! Desperte e erga-te!
Que a tua luz de esperança possa alcançar todos os mais remotos e distantes locais do planeta. Que todos homens sejam banhados no teu brilho luminoso, cumprindo assim o teu destino abençoado.
Seja tu, Jerusalém, o farol que a todos guia, assim como Jesus nos guiou pessoalmente um dia.
São Paulo, abril de 2011
(1): Refere-se a Jesus Cristo
Oh, Jerusalém! Lançaste o Portador da Luz (1) à cruz, desperdiçando luminosa oportunidade redentora.
Talhada para brilhar acima de todas as cidades do mundo, com mais luz que todas capitais imperiais reunidas, falhaste em tua missão.
Por desejo de teus habitantes e por desejo do Supremo Pai da Vida, o Cordeiro (1) foi sacrificado em teu solo, pois a delicadeza do amor ainda não é capaz de remover a venda dos olhos dos homens, a singeleza da palavra ainda não desperta seus corações e, apenas o tremor do remorso e do arrependimento podem fazê-lo.
Oh, Jerusalém! Desperte e erga-te!
Que a tua luz de esperança possa alcançar todos os mais remotos e distantes locais do planeta. Que todos homens sejam banhados no teu brilho luminoso, cumprindo assim o teu destino abençoado.
Seja tu, Jerusalém, o farol que a todos guia, assim como Jesus nos guiou pessoalmente um dia.
São Paulo, abril de 2011
(1): Refere-se a Jesus Cristo
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Hoje eu acordei
Hoje eu acordei.
Não de um sono reparador das energias do corpo, mas de um sono nefasto que entorpece a mente.
Hoje eu acordei e me vi como um criminoso.
Não um criminoso na forma da lei.
Eu não roubei, não subtraí vidas, não prejudiquei ou pratiquei o mal a ninguém, exceto a mim mesmo.
Eu mereço esta parcela de sofrimento e de dor.
Eu mereço esta parcela de infortúnio.
Eu destruí, sistematicamente, todas as chances de felicidade em minha vida.
Deus, em sua bondade infinita, jamais puniu-me ou castigou-me,
eu antes o fiz.
São Paulo, abril de 2011
Não de um sono reparador das energias do corpo, mas de um sono nefasto que entorpece a mente.
Hoje eu acordei e me vi como um criminoso.
Não um criminoso na forma da lei.
Eu não roubei, não subtraí vidas, não prejudiquei ou pratiquei o mal a ninguém, exceto a mim mesmo.
Eu mereço esta parcela de sofrimento e de dor.
Eu mereço esta parcela de infortúnio.
Eu destruí, sistematicamente, todas as chances de felicidade em minha vida.
Deus, em sua bondade infinita, jamais puniu-me ou castigou-me,
eu antes o fiz.
São Paulo, abril de 2011
sábado, 25 de junho de 2011
Perseguindo estrelas
Quando lancei-me a navegar pela insensatez humana, não imaginava quão sombria e escura seria a noite eterna de meus sofrimentos e nem tampouco quão revoltas seriam suas águas.
Acostumei-me à solidão, tendo apenas por companhia o luzir fugaz dos relâmpagos da ira e o ribombar dos trovões do ódio ao meu redor.
Certo dia, contudo, notei no firmamento uma estrela cujo brilho era diferente. Estudar aquele astro passou a ser minha principal ocupação. Logo notei que essa luz, diferentemente das outras, não se movia e mantinha-se fixa no horizonte.
Direcionei minha embarcação na direção daquela estrela e, para minha surpresa, quanto mais dela eu me aproximava, menor ela se tornava, mantendo porém seu brilho original.
Durante meses naveguei a todo pano na direção daquela estrela até que atingi a costa banhada por uma luz suave.
Não tardei a perceber que a luz provinha de uma casa que logo reconheci como aquela onde minha mãe me criou.
Não era afinal uma estrela o que eu perseguia. As orações de minha mãe, luminosas, acenderam um farol que me guiou através da treva densa e reconduziu-me a vida resplandescente da fé e do amor.
São Paulo, abril de 2011
Acostumei-me à solidão, tendo apenas por companhia o luzir fugaz dos relâmpagos da ira e o ribombar dos trovões do ódio ao meu redor.
Certo dia, contudo, notei no firmamento uma estrela cujo brilho era diferente. Estudar aquele astro passou a ser minha principal ocupação. Logo notei que essa luz, diferentemente das outras, não se movia e mantinha-se fixa no horizonte.
Direcionei minha embarcação na direção daquela estrela e, para minha surpresa, quanto mais dela eu me aproximava, menor ela se tornava, mantendo porém seu brilho original.
Durante meses naveguei a todo pano na direção daquela estrela até que atingi a costa banhada por uma luz suave.
Não tardei a perceber que a luz provinha de uma casa que logo reconheci como aquela onde minha mãe me criou.
Não era afinal uma estrela o que eu perseguia. As orações de minha mãe, luminosas, acenderam um farol que me guiou através da treva densa e reconduziu-me a vida resplandescente da fé e do amor.
São Paulo, abril de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Templo distante
Apreensivo, iniciei a escalada. À minha frente mais de uma centena de degraus me separava de meu objetivo.
E não foi pequeno o esforço. Minhas pernas há muito paralisadas, não obedeciam. E não foram poucos os momentos em que desejei de tudo desistir. Apenas a inspiração do alto me auxiliava a prosseguir.
Não desisti e o meu esforço foi recompensado.
Subitamente, a cada degrau que vencia, meu corpo mais leve e agradável eu sentia.
Finalmente atingi o topo, o terreno divino onde se apóia o santuário sagrado. Toquei as portas do templo e minhas mãos ao abri-las sentiram nelas o calor que lá de dentro emanava.
Adentrei o recinto imaculado em silêncio e respeito. E ali, no alto daquela colina, eu acendi uma vela pequenina e salvei uma alma que no fundo eu sabia ser a minha.
São Paulo, março de 2011
E não foi pequeno o esforço. Minhas pernas há muito paralisadas, não obedeciam. E não foram poucos os momentos em que desejei de tudo desistir. Apenas a inspiração do alto me auxiliava a prosseguir.
Não desisti e o meu esforço foi recompensado.
Subitamente, a cada degrau que vencia, meu corpo mais leve e agradável eu sentia.
Finalmente atingi o topo, o terreno divino onde se apóia o santuário sagrado. Toquei as portas do templo e minhas mãos ao abri-las sentiram nelas o calor que lá de dentro emanava.
Adentrei o recinto imaculado em silêncio e respeito. E ali, no alto daquela colina, eu acendi uma vela pequenina e salvei uma alma que no fundo eu sabia ser a minha.
São Paulo, março de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Planejamento
Qual direção a seguir?
O navegador previdente antes de apontar sua embarcação para quaisquer direção entre as várias descritas na rosa dos ventos desenrola suas cartas náuticas e estabelece a melhor rota para sua viagem.
O que fazer?
Antes do plantio o agricultor cauteloso calcula o número de sementes, o espaçamento do cultivo, o volume de adubo e a mão-de-obra para a semeadura e para a colheita, visando os resultados desejados.
Em tudo na vida há planejamento.
Se queres ter sucesso em tuas empreitadas cotidianas pare e pense, calcule e reflita, planeje e ordene as tarefas, evitando dissabores e contratempos futuros.
E, assegure-se também da colaboração maior, incluindo em tuas preces a rogativa para a felicidade de teus projetos.
Mais importante que os números e os cálculos, mais importante que os recursos e os meios, conquista primeiro a fé na obra futura e em ti mesmo.
São Paulo, março de 2011
O navegador previdente antes de apontar sua embarcação para quaisquer direção entre as várias descritas na rosa dos ventos desenrola suas cartas náuticas e estabelece a melhor rota para sua viagem.
O que fazer?
Antes do plantio o agricultor cauteloso calcula o número de sementes, o espaçamento do cultivo, o volume de adubo e a mão-de-obra para a semeadura e para a colheita, visando os resultados desejados.
Em tudo na vida há planejamento.
Se queres ter sucesso em tuas empreitadas cotidianas pare e pense, calcule e reflita, planeje e ordene as tarefas, evitando dissabores e contratempos futuros.
E, assegure-se também da colaboração maior, incluindo em tuas preces a rogativa para a felicidade de teus projetos.
Mais importante que os números e os cálculos, mais importante que os recursos e os meios, conquista primeiro a fé na obra futura e em ti mesmo.
São Paulo, março de 2011
A estrada para Cádiz
A estrada para Cádiz mudou minha vida.
Lá, a pequena caravana em que viajava foi covardemente emboscada e atacada. Não por ladrões ou saltimbancos, mas por homens bem armados e bem treinados. Homens treinados por mim.
Meus amigos, ou aqueles os quais por este nome chamava, me atacaram e, ferido de morte, parti deste mundo sem amigos.
Jurei vingança e fui lançado à escuridão onde combatia com golpes de espada as sombras que zombavam de mim e que desonradamente fugiam não me concedendo o prazer de um justo combate.
Então, um dia surgiu em minha frente um cavaleiro trajando reluzente armadura. Aguardei ele desembainhar sua arma e atacar-me mas, antes que pudesse convidá-lo ao embate, ele removeu seu elmo e revelou sua identidade: não era outro senão o maior de meus inimigos em vida!
Instiguei-o à luta, mas ele me respondeu: - "Juntai-te a nós. As diferenças culturais, religiosas e linguísticas que nos separavam não possuem aqui mais espaço. Observamos em teu coração a justeza de teus atos e a honradez típica dos homens que necessitamos em nosso exército."
Oh, estranha sina a minha. Abandonado pelos amigos e respeitado pelos meus inimigos, reconheci em meu maior algoz o irmão que a vida sempre me negou.
Hoje combatemos lado a lado, braços dados, corações unidos, reconhecendo que a luz da fé que em vida nos banhava a fronte não possui mais que uma única fonte e nem mais que uma única origem.
São Paulo, março de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
O peso da pena
Ergo as mãos para o céu e rogo a Deus perdão pelo tempo desperdiçado.
A poesia me saía fácil aos lábios e a prosa escorria sem impedimentos através de minha pena. Cedo, no entanto, inclinei-me à sátira, ao humor pernicioso, ao sarcasmo, que tanto deleitava os que abraçavam a maledicência.
Em curto espaço de tempo caí nas graças destes e entre os círculos viciados da mesquinhez humana eu era considerado com admiração e veneração somente conferida aos heróis.
E essa fama excitava cada fibra do meu corpo de carne. Mas eu desejava mais; mais prazer !
Cedi às tentações das substâncias entorpecentes que se, no início me auxiliavam em minhas criações doentias, depois paralisaram minha mente.
Os amigos falsos e os adoradores oportunistas viraram a face para mim e me abandonaram.
Sozinho e sofrendo, removi de meu coração o último sopro de vida que nele havia. Lançado ao lodaçal do arrependimento reservado aos suicidas, fui de lá resgatado por um jovem cego que em vida, apiedado de sua triste condição, de quando em quando eu auxiliava.
Depois, pude nele reconhecer um irmão de erros de um passado do qual juntos decidimos nos redimir através de mais uma existência na carne.
Presunçoso, desejei mãos hábeis para escrita e uma mente ágil para idéias imaginando auxiliar com isso tantos quantos eu poderia. Mais sábio meu irmão optou pela cegueira que o impediu de ver as tentações do mundo material.
São Paulo, fevereiro de 2011
A poesia me saía fácil aos lábios e a prosa escorria sem impedimentos através de minha pena. Cedo, no entanto, inclinei-me à sátira, ao humor pernicioso, ao sarcasmo, que tanto deleitava os que abraçavam a maledicência.
Em curto espaço de tempo caí nas graças destes e entre os círculos viciados da mesquinhez humana eu era considerado com admiração e veneração somente conferida aos heróis.
E essa fama excitava cada fibra do meu corpo de carne. Mas eu desejava mais; mais prazer !
Cedi às tentações das substâncias entorpecentes que se, no início me auxiliavam em minhas criações doentias, depois paralisaram minha mente.
Os amigos falsos e os adoradores oportunistas viraram a face para mim e me abandonaram.
Sozinho e sofrendo, removi de meu coração o último sopro de vida que nele havia. Lançado ao lodaçal do arrependimento reservado aos suicidas, fui de lá resgatado por um jovem cego que em vida, apiedado de sua triste condição, de quando em quando eu auxiliava.
Depois, pude nele reconhecer um irmão de erros de um passado do qual juntos decidimos nos redimir através de mais uma existência na carne.
Presunçoso, desejei mãos hábeis para escrita e uma mente ágil para idéias imaginando auxiliar com isso tantos quantos eu poderia. Mais sábio meu irmão optou pela cegueira que o impediu de ver as tentações do mundo material.
São Paulo, fevereiro de 2011
Novo homem
Durante mil dias eu sofri. Dormindo a cada noite em um diferente lugar, mil abismos eu conheci.
Entorpecido o corpo por substâncias que relaxam a percepção. Entorpecida a mente por emoções que a velocidade promove.
A princípio abracei a morte com carinho juvenil, redentora de meus sofrimentos. Mas depois, face o horror de minhas inconseqüentes atitudes, repeli-a com vigor.
Não sou um homem novo.
As marcas profundas que trago na mortalha de meu corpo; as chagas; o sangue imaculado derramado não se apagam.
Mas sou um novo homem, banhado pela graça de uma nova compreensão que me permite perdoar-me, compreender-me e seguir adiante.
São Paulo, fevereiro de 2011
Entorpecido o corpo por substâncias que relaxam a percepção. Entorpecida a mente por emoções que a velocidade promove.
A princípio abracei a morte com carinho juvenil, redentora de meus sofrimentos. Mas depois, face o horror de minhas inconseqüentes atitudes, repeli-a com vigor.
Não sou um homem novo.
As marcas profundas que trago na mortalha de meu corpo; as chagas; o sangue imaculado derramado não se apagam.
Mas sou um novo homem, banhado pela graça de uma nova compreensão que me permite perdoar-me, compreender-me e seguir adiante.
São Paulo, fevereiro de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Vaso precioso
Tome uma taça, encha-a com vinho, e pense ofertá-la a um amigo que o visite.
Quebre ambos frascos. A água e o vinho serão lançados ao chão. Suas características e qualidades permanecerão inalteradas, mas a oportunidade de saciar a sede de alguém ou de brindar a presença de um amigo ter-se-á perdido para sempre.
A água evaporará e, através de seu ciclo de vida, a um novo copo retornará, mas este será oferecido a outro que não aquele que havíamos pensado.
O espírito, assim como água, mantém inalterada suas características. Mas o corpo, perene como o copo, ao ser destruído leva consigo toda sorte de oportunidades para os quais foi preparado.
Importa então preservar o corpo, a taça, o precioso vaso de carne que permite ao espírito facear as suas oportunidades de reconciliação e redenção.
São Paulo, fevereiro de 2011
Quebre ambos frascos. A água e o vinho serão lançados ao chão. Suas características e qualidades permanecerão inalteradas, mas a oportunidade de saciar a sede de alguém ou de brindar a presença de um amigo ter-se-á perdido para sempre.
A água evaporará e, através de seu ciclo de vida, a um novo copo retornará, mas este será oferecido a outro que não aquele que havíamos pensado.
O espírito, assim como água, mantém inalterada suas características. Mas o corpo, perene como o copo, ao ser destruído leva consigo toda sorte de oportunidades para os quais foi preparado.
Importa então preservar o corpo, a taça, o precioso vaso de carne que permite ao espírito facear as suas oportunidades de reconciliação e redenção.
São Paulo, fevereiro de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Luz do Cristo
Do muito que eu já vi, sempre um pouco aprendi.
Eu vi as rochas ígneas das muralhas das fortalezas serem reduzidas a pó expondo as cidades à sanha bárbara dos invasores. Mas o Cristo, o Cristo não estava naquelas rochas.
Eu vi o madeiro das igrejas e das catedrais arder e estalar sob as chamas dos inimigos da fé. Mas o Cristo, o Cristo não estava naqueles templos.
Eu vi o corpo dos mártires serem transpassados pelas lanças e espadas dos assassinos, derramando ao solo o sangue abençoado daqueles santos. Mas o Cristo, o Cristo não estava naquele sangue.
A luz do Cristo, verdadeira e imaculada, está tão somente na chama etérea que jamais se apaga do coração dos homens que nele crêem. E aqueles que nele crêem são indestrutíveis, pois trazem consigo a certeza da vida eterna.
São Paulo, fevereiro de 2011
Eu vi as rochas ígneas das muralhas das fortalezas serem reduzidas a pó expondo as cidades à sanha bárbara dos invasores. Mas o Cristo, o Cristo não estava naquelas rochas.
Eu vi o madeiro das igrejas e das catedrais arder e estalar sob as chamas dos inimigos da fé. Mas o Cristo, o Cristo não estava naqueles templos.
Eu vi o corpo dos mártires serem transpassados pelas lanças e espadas dos assassinos, derramando ao solo o sangue abençoado daqueles santos. Mas o Cristo, o Cristo não estava naquele sangue.
A luz do Cristo, verdadeira e imaculada, está tão somente na chama etérea que jamais se apaga do coração dos homens que nele crêem. E aqueles que nele crêem são indestrutíveis, pois trazem consigo a certeza da vida eterna.
São Paulo, fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Cores vívidas
A saudade que trago no peito, e que não é pequena, é apenas um pálido reflexo quando comparada com as emoções que desfrutamos no mundo maior.
Como descrever a harmonia límpida e cristalina, a beleza indescritível do amor e a inenarrável paz que nos acomete?
Aqui, ali e ao derredor flores nos emprestam suas cores e seus perfumes agraciando os merecedores de sua presença.
Quisera essas cores vívidas colorissem os rochedos e as pedras das regiões áridas. Quisera esses aromas perfumassem todos os vales de dor e sofrimento. Quisera Deus abençoasse neste momento todos aqueles que não podem vivenciar o que experimento. E eu peço isso em oração, com toda a força de meu coração.
São Paulo, janeiro de 2011
Como descrever a harmonia límpida e cristalina, a beleza indescritível do amor e a inenarrável paz que nos acomete?
Aqui, ali e ao derredor flores nos emprestam suas cores e seus perfumes agraciando os merecedores de sua presença.
Quisera essas cores vívidas colorissem os rochedos e as pedras das regiões áridas. Quisera esses aromas perfumassem todos os vales de dor e sofrimento. Quisera Deus abençoasse neste momento todos aqueles que não podem vivenciar o que experimento. E eu peço isso em oração, com toda a força de meu coração.
São Paulo, janeiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Obra incompleta
A mão que repousa sobre a folha de papel não é a minha. A mão que sustenta a pena e escreve meus pensamentos não é a minha. Os lábios por onde escapam minhas palavras também não são meus.
No entanto, contra todas as provas, eu estou vivo. Vivo permanece o meu pensamento e vivo eu me encontro no éter. O que, infelizmente, não representa bem maior.
Sou ainda uma obra incompleta e muito há ainda por se fazer. Cedo estarei entre vós.
Minhas mãos anseiam o arado e o suor do trabalho consagrado. Voltarei à vida entre vós para modificar o quanto eu puder a paisagem ao meu redor, orando para que esta possa também transformar meu horizonte íntimo.
São Paulo, janeiro de 2011
No entanto, contra todas as provas, eu estou vivo. Vivo permanece o meu pensamento e vivo eu me encontro no éter. O que, infelizmente, não representa bem maior.
Sou ainda uma obra incompleta e muito há ainda por se fazer. Cedo estarei entre vós.
Minhas mãos anseiam o arado e o suor do trabalho consagrado. Voltarei à vida entre vós para modificar o quanto eu puder a paisagem ao meu redor, orando para que esta possa também transformar meu horizonte íntimo.
São Paulo, janeiro de 2011
sábado, 8 de janeiro de 2011
A encruzilhada
Naquela manhã luminosa eu alcancei a encruzilhada e dela partiam 3 caminhos para 3 diferentes direções.
Sem saber qual direção tomar, decidi refletir por alguns momentos antes de me decidir.
Os minutos se transformaram em horas e logo toda manhã havia sido consumida antes que eu me decidisse.
A angústia da indecisão me atormentava e o temor de tomar uma decisão errada me apavorava. Assim, decidi não mais pensar nisso, subtraindo de mim toda dor e o sofrimento advindos dessa angústia.
Os meses se arrastavam e meus pés, a guisa de raízes, já se encontravam solidamente unidos à poeira daquelas estradas.
Agora eu não mais divisava apenas 3 caminhos, mas sim 7 novos rumos que levavam a 7 novas direções.
Ainda sem saber como me decidir resolvi esperar, e esperei até que uma revelação, por graça, me foi concedida.
Pouco importava quais dos 7 caminhos escolhesse todos eles me conduziriam a igual local, pois meu destino já estava selado antes mesmo que eu pudesse dar o primeiro passo. Apenas as experiências decorrentes de cada caminho seriam distintas.
E ainda assim, se desejasse poderia percorrer todas as 7 estradas, desfrutando de todas 7 diferentes experiências, sem prejuízo para mim.
Meu erro não foi não saber bem escolher. Meu erro foi colocar meus temores acima da razão e atrasar em anos o meu caminhar.
São Paulo, janeiro de 2011
Sem saber qual direção tomar, decidi refletir por alguns momentos antes de me decidir.
Os minutos se transformaram em horas e logo toda manhã havia sido consumida antes que eu me decidisse.
A angústia da indecisão me atormentava e o temor de tomar uma decisão errada me apavorava. Assim, decidi não mais pensar nisso, subtraindo de mim toda dor e o sofrimento advindos dessa angústia.
Os meses se arrastavam e meus pés, a guisa de raízes, já se encontravam solidamente unidos à poeira daquelas estradas.
Agora eu não mais divisava apenas 3 caminhos, mas sim 7 novos rumos que levavam a 7 novas direções.
Ainda sem saber como me decidir resolvi esperar, e esperei até que uma revelação, por graça, me foi concedida.
Pouco importava quais dos 7 caminhos escolhesse todos eles me conduziriam a igual local, pois meu destino já estava selado antes mesmo que eu pudesse dar o primeiro passo. Apenas as experiências decorrentes de cada caminho seriam distintas.
E ainda assim, se desejasse poderia percorrer todas as 7 estradas, desfrutando de todas 7 diferentes experiências, sem prejuízo para mim.
Meu erro não foi não saber bem escolher. Meu erro foi colocar meus temores acima da razão e atrasar em anos o meu caminhar.
São Paulo, janeiro de 2011
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